O feirante de 36 anos morto enquanto saia de casa, no bairro Ataíde, em Vila Velha, no dia 7 de janeiro, foi assassinado por motivação financeira. O suspeito de ser o mandante e executor do crime havia usado R$ 50 mil da vítima, Arnildo Friedrich, sem o consentimento dele. Ao ser descoberto o uso, não quis devolver a quantia, e planejou o crime, segundo a Polícia Civil (PC).
“Descobrimos que a vítima tinha um amigo, dono de um açaí, de quem tinha pedido para usar a conta corrente e a máquina de cartão de crédito para movimentar o dinheiro da feira. A solicitação se deu por ele estar com as contas bloqueadas, devido a um processo de divórcio. A vítima começou a usar, mas dois meses depois suspeitou do amigo porque o dinheiro que estava na conta não batia com o depositado”, explicou o delegado Christian Waichert, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Ao ser questionado sobre o sumiço do dinheiro, o suspeito negou e parou de responder o feirante. Conforme a corporação, foi nesse momento em que o começou a ser planejada a morte. Isso porque o amigo não queria mais ser cobrado, pois já havia gasto o dinheiro com festas e bebidas, de acordo com a PC. Como conhecia a rotina de Arnildo e por já ter trabalhado nas mesmas feiras, decidiu matá-lo.
Com a ajuda de um funcionário, o comerciante chegou no horário que normalmente a vítima saía de casa. Os dois foram com um carro até a rua onde o feirante morava, esperaram ele sair e cometeram o crime, por volta das 2h da manhã, mas com a intenção de parecer um latrocínio, de acordo com a PC.
“Identificamos que não era roubo seguido de morte porque o feirante saiu correndo para se salvar. Com essa dinâmica deu para saber que não era roubo, mas execução, pois continuaram atirando na vítima”, explicou o delegado.
No começo das investigações duas linhas de investigações foram abordadas primeiro: passional e latrocínio. Porém, as duas foram descartadas por falta de provas. A polícia contou que chegaram aos suspeitos e descobriram a motivação ao encontrarem o carro usado no crime.
Com o veículo, a equipe policial descobriu um dos participantes do crime. Após encontrá-lo, os policiais identificaram a ligação com o amigo da vítima, que usou o dinheiro.
“Levantamos a vida pregressa dele, Arnildo não tinha envolvimento com tráfico, não tinha inimizades, não tinha motivação clara para justificar a execução. Quando chegamos ao carro descobrimos essa ligação. A arma era desse funcionário e foram sete disparos atingidos. Depois do crime, o amigo foi deixado na distribuidora para comemorar a execução”, contou a polícia.
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