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Publicado em 1 de agosto de 2025 às 10:29
- Atualizado há 4 meses
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) realizou nesta sexta-feira (1º) a Operação Telic. O objetivo da ação é desarticular núcleos do Primeiro Comando de Vitória (PCV), grupo criminoso que vem tendo atuação na região da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha. Foram cumpridos mandados no município e também em Cariacica. Entre os alvos da operação está uma advogada, que não teve o nome divulgado. >
Ao todo, foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Vila Velha nove mandados de prisão temporária e 35 de busca e apreensão. O cumprimento de mandado de busca e apreensão contra a advogada foi acompanhado por representantes da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Espírito Santo (OAB/ES), conforme prevê a legislação.>
Conforme a apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, até a publicação desta reportagem, duas pessoas foram presas. Sidney Pereira Fernandes, conhecido como "gordo", é, segundo as investigações, dono de uma oficina onde aconteciam reuniões de traficantes. Nessa reunião, os criminosos planejavam os ataques. Em um imóvel, ao lado da casa dele, os policiais acharam um recado do traficante Cleuton Gomes Pereira, o Frajola, um dos líderes do Primeiro Comando de Vitória (PCV) no Estado, que está preso. >
No final da tarde desta sexta-feira, o comandante-geral da Polícia Militar, Douglas Caus, informou que outras duas prisões foram realizadas. Os nomes não foram revelados, mas seriam uma liderança do tráfico da Grande Terra Vermelha e um integrante do PCV.>
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O outro preso é Thiago Barroso Matos, apontado pela polícia como gerente do tráfico em Terra Vermelha. >
Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Central) do MPES, em conjunto com a Diretoria de Inteligência da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) e o Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, a operação contou com a participação de mais de 200 policiais.>
Procurada, a OAB-ES disse que a Comissão de Prerrogativas da OAB-ES acompanhou a ação policial com o objetivo de assegurar que as prerrogativas profissionais da advogada fossem integralmente respeitadas. De acordo com os membros da comissão, toda a atuação policial transcorreu dentro dos parâmetros legais.>
"A OAB-ES reitera que a instituição atua de forma célere e vigilante na defesa da advocacia e do livre exercício profissional, sempre pautada na ética, na legalidade e na boa aplicação da justiça. A Ordem destaca, ainda, que a advocacia tem o compromisso histórico com a promoção da justiça e a garantia dos direitos fundamentais, sendo um dos pilares essenciais para a preservação do Estado Democrático de Direito", comentou. >
As investigações revelaram a existência de uma estrutura criminosa voltada para o tráfico de drogas, aquisição e porte ilegal de armas de fogo e munições, além de outras ações violentas coordenadas por lideranças presas, que repassavam ordens por meio de familiares e advogados a integrantes em liberdade. >
Ainda conforme o MPES, as investigações identificaram ainda um núcleo da facção especializado em coletar e disseminar informações estratégicas, visando monitorar ações policiais e planejar crimes de homicídio.>
Além das unidades de inteligência da PM e do MPES, participaram da operação equipes do Batalhão de Missões Especiais (BME), Batalhão de Ações com Cães (BAC), Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e Forças Táticas das Companhias Independentes da Grande Vitória (4ª, 7ª, 10ª e 13ª).>
Segundo o MPES, as investigações seguem em andamento, com análise do material apreendido e aprofundamento das diligências para a responsabilização criminal dos envolvidos e o desmantelamento da estrutura do grupo.>
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