> >
Servidor do Detran é preso acusado de venda ilegal de placas no ES

Servidor do Detran é preso acusado de venda ilegal de placas no ES

De acordo com a Polícia Civil, homem cobrava valor indevido de clientes e repassava placas de veículos compradas por um valor mais baixo que o preço de mercado

Publicado em 21 de outubro de 2020 às 17:53

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

Um funcionário público do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em Sooretama, no Norte do Estado, foi preso pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (21) acusado de obter vantagem financeira de pessoas que eram atendidas no órgão e que pagavam pelo emplacamento de veículos.

Viatura de Polícia Civil e da Corregedoria do Detran na delegacia de Linhares
Viatura de Polícia Civil e da Corregedoria do Detran na delegacia de Linhares. (Eduardo Dias)

De acordo com o delegado Fabrício Lucindo, em vez de gerar o boleto de pagamento para os clientes, o servidor dizia que a taxa de emplacamento deveria ser paga diretamente para ele. Depois de receber o dinheiro, o homem conseguia a placa por um valor mais barato em empresas licenciadas e ficava com a diferença do valor pago pelo cliente.

“Ele é um servidor do Detran, cedido pela Prefeitura de Sooretama. O servidor estava exigindo das pessoas um valor em dinheiro para a fabricação de placas de veículos. Ele recebia o dinheiro e pagava um valor menor para a fabricante de placas. O acusado ficava com um valor de R$ 80 a R$ 100 por cada placa vendida”, explicou o delegado.

Lucindo também afirmou que o acusado atua no Detran de Sooretama há cinco anos e que, nos últimos meses, ele teria movimentado pelo menos R$ 8 mil com a venda ilegal de placas. De acordo com a Polícia Civil, a corregedoria do Departamento Estadual de Trânsito também participou das investigações.

Funcionário do Detran é preso após ser acusado de venda ilegal de placas

Como o esquema só tinha sucesso porque o servidor público conseguia comprar placas por um valor abaixo do preço de mercado, donos de empresas responsáveis pela venda das placas também serão ouvidos pelos investigadores.

No final da tarde desta quarta-feira, o acusado ainda estava na Delegacia Regional de Linhares. Ele foi autuado pelo crime de concussão, que acontece quando um servidor público exige para si vantagem indevida. Se condenado, o funcionário público pode pegar de dois a 12 anos de prisão, segundo o delegado.

Este vídeo pode te interessar

A Prefeitura de Sooretama informou, em nota, que "assim que o município for notificado oficialmente abrirá um processo administrativo para apurar as responsabilidades e aplicar as sanções cabíveis à situação".

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais