> >
Rei da cabana vende quase 90 quilos de pescadinha por dia em Linhares

Rei da cabana vende quase 90 quilos de pescadinha por dia em Linhares

Pratos feitos com vários tipos de peixes e uma vitamina com jeito de sorvete tem chamado a atenção de moradores e turistas no Litoral Norte do Estado

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 21:39

Com três mil moradores, o balneário de Pontal do Ipiranga, em Linhares, Norte do Espírito Santo, vê a sua população aumentar consideravelmente na temporada de verão. Segundo a prefeitura, só no carnaval, estão previstas 35 mil pessoas. Muitos turistas vão atrás do agito do trio elétrico e da boa comida. Nos estabelecimentos “pé na areia”, uma boa pedida é um prato com peixe.

Na Cabana Pioneiro, primeiro estabelecimento comercial do balneário, com 29 anos, além das tradicionais moquecas com vários tipos de peixes (robalo, cação e dourado), os pratos com pescadinha saem bastante. O proprietário, Marcson Rosa Martins, 55 anos, conhecido como Nengo, contou que, em 17 dias de janeiro, vendeu 1,5 tonelada do peixe, o equivalente a 88 quilos por dia.

Marcson Rosa Martins, o Nengo, proprietário da Cabana Pioneiro, em Pontal do Ipiranga Crédito: (Foto: Arquivo Pessoal)

“Nunca vendi tanto peixe. Trabalho dia e noite, não tenho folga durante o verão todo”, diz o comerciante, um dos personagens da quinta reportagem da série “Os reis do verão”. Fora da temporada, quando o movimento é menor, Nengo vende de 20 a 30 kg nos finais de semana.

No cardápio da cabana, chama a atenção o camarisca (camarão, isca de pescadinha e fritas), que pode ser completo (R$ 80) ou em porção (R$ 60). “O nome foi uma invenção da minha esposa e da minha filha, que também tem um restaurante em Pontal. O prato serve até oito pessoas”, conta o comerciante.

A cabana funciona o ano inteiro, com quatro funcionários fixos. Para dar conta do movimento neste verão, Nengo passou a trabalhar com 25 funcionários, 12 deles garçons.

No cardápio, chama a atenção o camarisca (camarão, isca de pescadinha e fritas), que pode ser completo (R$ 80) ou em porção (R$ 60) Crédito: Marcson Rosa Martins

DUAS CERVEJAS E PERSISTÊNCIA

Quem vê hoje a Cabana Pioneiro, instalada na Primeira Avenida de Pontal do Ipiranga, não imagina que Nengo começou o negócio vendendo apenas duas cervejas por dia.

“Fazia gelo de noite, na geladeira de casa. De manhã cedo, socava o gelo e levava duas cervejas e um litro de cachaça. Chegava aqui e botava um bocado de mato em cima. Não tinha cadeira não. Depois, fiz duas mesas com pau de galinheiro. Não sabia o que era porção nem cardápio”, lembra.

A situação começou a mudar depois que 12 ônibus de turistas foram até o balneário, há mais de 20 anos. “Nesse dia, vendi cinco vezes mais o que ganhava na roça (Nengo era vaqueiro). Depois disso, animei. Comecei a fazer a barraquinha, a comprar umas tabuazinhas e fiz um cômodo de madeira”.

TIPICAMENTE CAPIXABA

Marco Antônio Modenese, proprietário do Restaurante Castanheiras, e a esposa Marcia Crédito: Arquivo Pessoal

Pratos com peixe também não faltam na orla de Aracruz. O Restaurante Castanheiras, na Praia do Sauê, trabalha com culinária tipicamente capixaba há 27 anos. Neste verão, o prato mais pedido é a moqueca de badejo (R$ 116 para 2 pessoas). De acordo com o proprietário, Marco Antônio Modenese, o restaurante serviu 138 pratos só em janeiro. Durante o ano, ele costuma vender a metade por mês.

Atrás da moqueca, outro produto muito pedido é o bobó de camarão (R$ 92 para 3 pessoas), que, segundo Modenese, não é “qualquer” bobó. “O nosso é diferente. A gente faz a moqueca e o creme de aipim separados. Na hora de montar, a gente puxa a moqueca para um lado e coloca o creme no outro, tudo dentro da mesma panela. Fica uma delícia, todo mundo adora. O cliente pode misturar ou comer separado”.

O prato faz sucesso há 15 anos, inclusive, entre clientes de outros países. “Turistas do mundo todo vêm por causa da Fibria e, agora, por causa da Jurong. São finlandeses, canadenses e coreanos. Eles querem comer moqueca e bobó. Nós temos cardápio em inglês e um garçom que fala muito bem a língua”.

Marco Antônio Modenese, proprietário do Restaurante Castanheiras, a esposa Marcia, e os filhos Virginia e Gabriel Crédito: Arquivo Pessoal

IGUARIAS

O Restaurante Castanheiras também serve duas moquecas que são um tipo de iguaria: a moqueca de bochecha de badejo e a de peito de badejo (ambas R$ 128). Mas não é todo dia que o cliente encontra. Marco Antônio explicou que, para 4 porções de bochecha e 10 de peito, é preciso 100 quilos do peixe.

VITAMINA REFRESCANTE EM BARRA DO SAHY

Aracruz Sabor Verão: Vitamina suíça e sanduíche Maguilão duplo, do Restaurante Donna Clara Crédito: Francisco Siqueira

Uma vitamina com consistência de sorvete anda chamando a atenção de moradores e turistas em Barra do Sahy, um dos balneários mais movimentados de Aracruz. A delícia, feita com fruta e leite congelado em um equipamento próprio, custa R$ 13 e é o carro-chefe da Lanchonete Donna Clara, na rua principal do balneário.

"No verão é quando a gente mais vende. É um produto que tem muita saída devido à flexibilidade. O cliente pode escolher o sabor que quiser. Ele monta de acordo com a sua preferência", informou a proprietária, Alessandra Sandre.

Além do sabor da fruta (morango, maracujá, abacaxi com hortelã e graviola são os mais pedidos), é possível escolher a cobertura (chocolate, amora, caramelo, morango) e pedir com açúcar ou não. A vitamina também vem com um canudinho de wafer", informou a comerciante.

A lanchonete funciona como restaurante self service no horário de almoço e, à noite, como hamburgueria. Alessandra garante que é a única que oferece a vitamina suíça na região. "Aqui na região Norte, só nós que trabalhamos. Tanto é que os turistas já vêm querendo tomar, porque não tem esse produto nos lugares onde moram. Tenho cliente de todo o Estado que vem aqui só para tomar a vitamina suíça".

Este vídeo pode te interessar

  • Viu algum erro?
  • Fale com a redação

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais