Publicado em 9 de julho de 2018 às 18:43
A babá eletrônica encontrada na casa onde foram mortos os irmãos Kauã e Joaquim dispunha de uma tecnologia que identifica a variação de temperatura no ambiente. Uma perícia comprovou que o equipamento tinha um sensor térmico, implementado e em funcionamento, programado para disparar alarme sonoro quando a temperatura do local alcançasse 30ºC.>
A descoberta permitiu aos investigadores desmontar o argumento do pastor George Alves, que afirmou, em depoimento, que ouviu, e viu, o pedido de socorro de seus filhos pela babá eletrônica e quando chegou ao quarto para socorrê-las as chamas teriam o afastado.>
O sensor de temperatura ficava na parte da babá eletrônica encontrada no quarto incendiado, localizado a 6,7 metros da suíte onde o pastor George alegou que estava na madrugada do dia 21 de abril. Na suíte foi encontrada a outra parte da babá eletrônica, um monitor por onde é possível acompanhar imagens, sons e a temperatura do quarto das crianças se a mesma ultrapassasse os 30ºC.>
"Portanto, caso as chamas tivessem iniciado de forma independente ou antes da atuação do investigado, seria emitido alerta de aumento de temperatura antes da evolução do incêndio, inclusive, viabilizando que o autor retirasse as crianças do local, o que não ocorreu porque o investigado, deliberadamente, foi quem as colocou naquele leito e ateou fogo no ambiente" destaca trecho do processo. Na época, o pastor disse que ouviu as crianças gritando e que a babá apitou, mas que quando chegou no quarto não conseguiu socorrê-las.>
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Laudos da perícia dos bombeiros anexados ao processo judicial atestam que a temperatura no quarto das crianças chegou a 660º C. A perícia conseguiu estimar essa temperatura após comprovar que a janela do quarto, feita de alumínio, havia derretido. Para derreter o alumínio precisa atingir seu ponto de fusão, que é estimado em 660,3 °C.>
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