Publicado em 24 de abril de 2019 às 19:10
Há de se temer o rompimento da estrutura, com a ocorrência de um desastre ambiental e humano sem precedentes para a região. Este foi o parecer apresentado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), acerca de uma estação de tratamento de esgoto em Laranja da Terra, no Noroeste do Estado.>
Ainda na Ação Civil Pública movida por meio da Promotoria de Justiça da cidade no ano passado, consta que a estrutura em questão encontra-se negligenciada quanto ao estado de conservação, com o barramento sofrendo um processo erosivo que poderia causar o rompimento da estrutura, principalmente sob fortes ventos e tempestades.>
Há também a denúncia de que rejeitos de esgoto são descartados diretamente no Rio Guandu, o que causa prejuízo em quatro frentes: na fauna que dependa de alguma forma do curso de água; no abastecimento das moradias e propriedades adjacentes; na contaminação do solo e do lençol freático; e no perdimento de vidas humanas.>
PARA EVITAR DESASTRES>
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Responsável pela estrutura da estação de esgoto, a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) terá que tomar providências sobre os apontamentos sob multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento, conforme prevê a decisão do último dia 12, assinada pelo juiz de direito Izaqueu Lourenço da Silva Junior, da Vara Única de Laranja da Terra.>
De acordo com o parecer, a empresa possui cinco dias, a partir da data de notificação, para cessar qualquer tipo de contato do esgoto com o Rio Guandu; e 60 dias para realizar obras e reformas que restabeleçam a segurança das instalações, em especial à estrutura do barreamento da lagoa de rejeitos. As medidas foram tomadas sob tutela de urgência.>
O QUE DIZ A CESAN>
Por meio de nota, a empresa afirmou que a manutenção da estação de tratamento de esgoto de Laranja da Terra já estava prevista no cronograma de obras e será executada dentro do prazo estabelecido na decisão judicial. Bem como ressaltou que a estrutura não é uma barragem de rejeitos e que não há risco eminente de ruptura.>
A Cesan também esclareceu que a lagoa de estabilização do município é uma unidade de tratamento de esgoto sanitário por meio de processos químicos e biológicos, devidamente licenciada, com o objetivo de remover a matéria orgânica e gerar efluente tratado com qualidade para retornar ao meio ambiente.>
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