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Família faz vaquinha para custear tratamento de menino de Nova Venécia

Família faz vaquinha para custear tratamento de menino de Nova Venécia

Márcio José Pereira Claudino Júnior, mais conhecido como Xuxu, tem uma doença rara e precisa fazer um transplante de medula óssea em Barretos (SP). Para custear viagem, alimentação e estadia, a família pede ajuda

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 13:19

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Márcio com a mãe, Raquel: ele precisa de um transplante de medula. (Héber Thomaz/TV Gazeta Norte)

Com apenas 12 anos, o estudante Márcio José Pereira Claudino Júnior já passou por muitas lutas pela vida. Mais conhecido como Xuxu, o menino, que mora em Nova Venécia, na Região Noroeste do Estado, passou por um transplante no coração com apenas 6 meses de vida. Agora, precisa fazer outro transplante, desta vez de medula óssea, por conta de uma doença rara.

Ele tem mielodisplasia de medula óssea, um tipo de câncer que faz a medula parar de produzir células que formam o sangue em quantidade suficiente. Para ter mais qualidade de vida, Márcio faz transfusões sanguíneas de tempos em tempos, em Vitória. Mas, para ficar curado da doença, ele precisa passar pelo transplante.

VAQUINHA ONLINE

Para isso, a família fez uma vaquinha pela internet e pede doações. A operação será realizada no Hospital do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, e a meta é arrecadar R$ 12 mil para custear a viagem, a alimentação e a estadia. O tratamento médico e a cirurgia são gratuitos pelo SUS, mas os gastos com a viagem ficam por conta da família. É o que explicou sua mãe, a dona de casa Raquel Sebastião Pereira, de 40 anos.

“Ele recebe um auxílio para tratamento fora do domicílio, mas é pouco dinheiro e não cobre todos os custos. Para ir a Barretos, temos que pegar a viagem de avião até São José do Rio Preto (SP) e de lá vamos de táxi até Barretos. São cinco horas de viagem e, por conta dos horários da conexão, não conseguimos ir de ônibus. Já em Barretos tenho gastos com pousada, alimentação e transporte. Meu filho faz todo o tratamento e os exames no hospital, mas como não fica internado, temos todos esses gastos”, detalhou.

Segundo Raquel, o Márcio só vai ficar internado quando for liberado para o transplante. Eles já estiveram quatro vezes em Barretos, mas toda a equipe médica precisa considerar o menino apto e, por enquanto, isso ainda não aconteceu.

“A mielodisplasia acaba ‘puxando’ outras doenças. Recentemente, ele foi diagnosticado com reumatismo. Além disso, está com um problema nos tímpanos e vai fazer a cirurgia de reconstrução em Vitória antes da viagem para Barretos. Precisa controlar tudo isso antes”, ressaltou.

Quando ela e o filho vão para Barretos, ficam de três a cinco meses na cidade paulista. “Agora, nossa expectativa é que ele seja liberado para o transplante. A esperança é conseguir voltar para casa com meu filho curado”, disse Raquel, emocionada.

O transplante estava marcado para agosto, mas o procedimento foi adiado por conta da cirurgia nos ouvidos. Por enquanto, não tem previsão, mas a família já faz a vaquinha para ter o dinheiro assim que a viagem for autorizada pela equipe médica.

OS PROBLEMAS DE SAÚDE

Márcio ainda pequeno, internado no hospital: transplante do coração e transfusão de sangue. (Arquivo pessoal)

A dona de casa contou que percebeu que o filho tinha algo diferente desde quando era recém-nascido. “Ele ficava meio engasgado quando mamava. Quando estava com 10 dias de vida, o levei ao hospital e o médico descobriu que ele tinha sopro e má formação no coração. O Márcio ficou internado por 62 dias e foi encaminhado ao cardiologista, que fez todos os exames e confirmou o diagnóstico”, explicou.

A ideia do médico era fazer a cirurgia no menino quando ele completasse um ano, mas com 6 meses de vida ele ficou mal e foi transferido para o Hospital de Base de São José do Rio Preto, também no interior de São Paulo.

“Meu filho passou pelo transplante do coração e ficamos na cidade por um ano. Primeiro ele ficou na UTI, depois foi para o quarto e, um tempo depois, teve alta. Mas tinha que fazer todo o acompanhamento no hospital e ficamos cerca de um ano no hotel, até ele ser liberado e voltamos para o Espírito Santo”, afirmou.

Depois de um mês, Raquel levou o filho para fazer uma revisão com o cardiologista e o médico descobriu que a hemoglobina do sangue estava muito baixa. “Ele encaminhou o Márcio para um oncologista, que pediu uma biópsia e foi constatada a mielodisplasia. Meu filho tinha por volta de 1 ano e 8 meses”, ressaltou.

MÃE COM DEPRESSÃO

Desde sempre, a dona de casa luta pela vida de Márcio. No entanto, não é nada fácil lidar com toda a carga emocional. Um pouco depois que ele passou pelo transplante no coração, Raquel e o o pai do menino se separaram. Ela ficou sozinha com a criança e mais duas filhas, que hoje têm 16 e 21 anos.

“Um ano depois, casei com outro homem e reconstruí minha vida. Ele assumiu meus filhos como se fossem dele e é muito companheiro, me ajuda nesta luta. Mas acabei desenvolvendo uma depressão profunda, não consigo nem dormir de tanta preocupação. Meu filho chora demais. Ele me pergunta se vai morrer, pergunta porque nasceu doente. É muito difícil lidar com tudo isso. Então, nós dois fazemos tratamento psicológico”, informou a dona de casa.

COMO AJUDAR

Márcio, mais conhecido como Xuxu, tem uma doença rara chamada mielodisplasia da medula óssea. (Héber Thomaz/TV Gazeta Norte)

Quem puder ajudar a família a arrecadar o dinheiro necessário para os gastos durante o tempo que vão passar em Barretos, pode doar pela vaquinha online ou então por depósito via conta poupança.

CONTA POUPANÇA

Caixa Econômica Federal

Titular: Raquel Sebastião Pereira

Agência 0556

Tipo de conta 013

Conta número 34373-6

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