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Ex-policial é condenado a 35 anos de prisão por mortes de jovens em Linhares

Ex-policial é condenado a 35 anos de prisão por mortes de jovens em Linhares

Emily Martins Ferreira, 21 anos, e Meiryhellen Bandeira, 28 anos, foram assassinadas em setembro de 2017, vítimas de homofobia; A condenação teve três qualificadoras: motivo fútil, vítimas não tiveram chance de defesa e feminicídio

Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 23:25

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Meiryhellen Bandeira e Emilly Martins Pereira foram mortas a tiros em Linhares. (Montagem | A Gazeta)

O ex-policial Roberto Luiz Pavani foi condenado, na noite desta terça-feira (10), a 35 anos de prisão pela morte das jovens Emily Martins Ferreira, 21 anos, e Meiryhellen Bandeira, 28 anos. O crime aconteceu no dia 21 de setembro de 2017, em Linhares. As duas jovens foram baleadas com tiros nas costas.

O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, mesmo município. Pela decisão do júri, Roberto Luiz Pavani foi condenado a 16 anos e seis meses pela morte de cada uma das vítimas. Ele também foi condenado por mais dois anos pelo porte ilegal da arma usada no crime.

A condenação teve três qualificadoras: motivo fútil, vítimas não tiveram chance de defesa e feminicídio.

O promotor assistente de acusação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) não quis se manifestar sobre a sentença. A defesa do Roberto disse que vai recorrer, porque achou a pena exagerada.

Segundo investigações da Polícia Civil,  motivação do crime seria por homofobia. O ex-policial era vizinho de Emily, e 20 dias depois do crime, em 11 de outubro de 2017, ele foi à delegacia de Polícia Civil de Linhares e confessou o assassinato das jovens. Roberto Luiz Pavani está preso na Penitenciária de Segurança Média 1, em Viana.

O CRIME

As jovens Emilly e Meiryhellen foram baleadas na noite do dia 21 de setembro de 2017, por volta das 23h48min, na Rua Jânio Quadros, bairro Novo Horizonte, em Linhares. Meiryhellen morreu na hora. Emilly chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para um hospital particular, em estado grave. A jovem disse aos militares que o autor dos disparos teria sido um senhor de 50 a 60 anos.

ALÍVIO DAS MÃES 

Marcia Maria Vaz, que é mãe da Emilly, acompanhou o julgamento e relatou que o sentimento agora é de que a justiça foi feita.

"Temos que agradecer a Deus pelo resultado, agradecer ao promotor que se empenhou no caso. Ele foi muito gentil com a gente, atendeu em todas as horas que a gente precisou falar com ele. Agradecer aos juízes, aos jurados. Muito agradecida a todos e a Deus", disse. 

A mãe da Meiryellen,  Maria da Penha Bandeira, que também estava presente, se disse aliviada com o resultado.

"O sentimento é de alívio porque, esse tempo todo, nós aguardamos esse julgamento. Eu quero aproveitar para agradecer a todos que participaram desse julgamento, os  jurados, promotor de justiça e todos que estiveram presentes e nos apoiaram em relação esse julgamento", destacou.  

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