Publicado em 28 de maio de 2019 às 15:22
Para realizar um sonho que tinha desde quando era um garoto, o aposentado Jacimar Luiz Pissimilho juntou sua experiência como marceneiro com muita criatividade e construiu uma réplica do MP, um veículo inglês bastante cobiçado na década de 1970. Quando o carro passa pelas ruas de Marilândia, na região Noroeste do Estado, não tem quem não dobre o pescoço para admirar a perfeição do automóvel.
O sonho se tornou realidade depois de um trabalho árduo. "Eu via esses carros passar na rua e achava o máximo. Imaginava que nunca ia poder ter um carro desse, mas isso nunca saiu da minha cabeça. Então pensei: Agora vou fazer, e acabei realizando meu sonho", contou Jacimar.
O projeto era transformar um fusca em um charmoso MP. Para isso, o aposentado tirou as medidas do veículo de um amigo e fez cada parte seguindo os gabaritos. A madeira usada é de reflorestamento, considerada mais macia e flexível. Ele demorou mais de um ano para juntar todas as peças. O automóvel foi todo envernizado, para protegê-lo das chuvas. O chassi é de um fusca. Tem os medidores no painel e o motor 1.300.
"O mais difícil foi o paralama com essa curva. A parte quando ela pende para o lado de dentro, foi muito demorado para fazer. Outra coisa mais difícil também é o capô, porque ele é despontado e caído, não é só colocar uma ripa encostada na outra", ressaltou.
Os passeios por Marilândia precisam ser curtos, pois o carro não pode circular em rodovias. Mesmo emplacada e com a documentação em dia, o veículo está descaracterizado. Mas até pequenas voltas pelo centro da cidade chamam a atenção de quem vê a réplica do MP. "Ele é um gênio de fazer um carro desse todo na madeira", elogiou o aposentado Carlos Roberto Pimenta. "Tem muitos detalhes bonitos e muita criatividade", disse a atendente Taianara Marcarini.
Mesmo fazendo tanto sucesso, Jacimar nem pensa em vender o veículo. "Se eu contar mão de obra, madeira e os faróis, ele ficou uns R$ 40 mil", explica. Quando questionado sobre o valor afetivo, ele é taxativo. "Aí é diferente, não tem valor", garantiu. Além disso, o aposentado tem muito ciúmes do carro que ele construiu com tanto carinho. "Se alguém bater, o pau quebra!", diverte-se.
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