O resultado da perícia sobre a explosão em um apartamento, na manhã desta quinta-feira (12), no Edifício Paulina Arpini, na Rua Goiânia, em Itapoã, Vila Velha, fica pronto em 30 dias, segundo informou o tenente-coronel Washington, do Corpo de Bombeiros. Mas tudo indica que a utilização de um maçarico para mudar de lugar a tubulação de gás da cozinha da unidade 1301 seja a causa da explosão.
Conforme relato de moradores e do Corpo de Bombeiros, a explosão foi tão forte que provocou danos nos outros três apartamentos do 13º andar e no elevador. Vidros das janelas foram estilhaçados; portas e os forros dos tetos de pelo menos dois imóveis vieram abaixo (veja o vídeo).
Todo o andar foi interditado por precaução. Apenas as unidades que ficam na parte de trás e nas laterais do prédio foram liberadas para retorno dos moradores, explicou o tenente-coronel Carlos Wagner, do Corpo de Bombeiros.
Estrutura
Além da vistoria de órgãos públicos, o condomínio contratou dois engenheiros, que elaboraram o projeto do edifício na época da construção. Após a análise, o engenheiro civil Marcelo Pereira afirmou que não há risco estrutural. Existe o problema do guarda-corpo, que está pendurado e peças da fachada podem cair, mas o prédio não corre risco, disse.
OBRA DEVE SER SUPERVISIONADA POR PROFISSIONAL
Como a tubulação de gás é extremamente perigosa, para evitar um acidente a recomendação de especialistas é que um engenheiro civil ou um arquiteto seja contratado para acompanhar toda a obra.
Além de evitar uma explosão, ao contratar um profissional, a obra pode sair até 30% mais barata, de acordo com o professor do curso de engenharia civil e arquitetura da Multivix Ricardo Bruzzi Emery.
Estudos comprovam que a contratação de uma assistência técnica adequada faz com que a pessoa gaste menos em uma obra mesmo incluindo os honorários do profissional. A obra vai ter um melhor custo a partir das orientações do engenheiro ou do arquiteto e vai ser feita da melhor forma possível. O custo desse profissional varia de 5 a 20% do preço total da obra.
Os riscos de fazer uma reforma apenas com o mestre de obra e os ajudantes são altos, ainda segundo Emery. Na avaliação dele, uma explosão de gás é capaz de derrubar parte do prédio. Os cuidados a serem tomados já estão sendo providenciados. A Prefeitura de Vitória, por exemplo, não admite que uma obra seja realizada sem a supervisão de um profissional. Essa é uma medida orientada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, que publicou uma norma específica sobre isso, a 16280. comenta.
Mudar o ponto de gás não é uma prática comum. Segundo Emery, a alteração pode feita para colocar um aquecedor a gás em chuveiros ou então de fazer uma varanda gourmet.
Com informações de Lara Rosado
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