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Veja quais escolas sobem e descem nos grupos do Carnaval de Vitória

Veja quais escolas sobem e descem nos grupos do Carnaval de Vitória

Apuração dos desfiles aconteceram nesta quarta-feira (27), no Sambão do Povo

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 23:28

Ala das baianas da Mocidade da Praia Crédito: Any Cometti

A escola Mocidade da Praia foi a vencedora do Grupo de Acesso B e, com isso, subiu para o grupo de Acesso A. Desta forma, no ano que vem, a agremiação da Praia do Canto vai desfilar na sexta-feira. O enredo escolhido para este ano foi "Reza a lenda, surge a noite... Tem sonhos de delírios pelo ar".

Luciano de Paula, presidente da Mocidade da Praia, informou que a vitória foi suada porque o carnaval foi feito com um orçamento de apenas R$ 7 mil. "Tive até que penhorar o carro", comentou. Depois que o resultado foi conhecido, membros da escola ecoaram o grito de “a campeã voltou”, no Sambão do Povo, local onde aconteceu a apuração.

A Mocidade da Praia foi fundada em 1947 e chegou a ficar mais de 20 anos sem desfilar. Em 2018, marcou sua volta aos desfiles e, agora em 2019, ganhou o título e subiu para o Grupo A.

 Entenda: o Carnaval de Vitória possui três grupos: Acesso B, das escolas que se apresentam na quinta-feira; Acesso A, dos desfiles da sexta-feira; e Grupo Especial, que são as escolas que desfilam no sábado e disputam o título de grande campeã do carnaval capixaba. 

A DISPUTA NO GRUPO DE ACESSO A

Carnaval de Vitória 2019: São Torquato foi a 4ª escola a desfilar na sexta-feira Crédito: Fernando Madeira

Ao apostar em bares e boemia, a Unidos de São Torquato, única representante de Vila Velha no Grupo A, foi campeã e subiu para o Grupo Especial. A disputa com a escola Chegou o que Faltava - que ficou em segundo lugar - foi de décimo em décimo. O resultado só saiu depois da última nota do último quesito.

Ao comemorar a vitória, o presidente da agremiação, Jonas Schneider, destacou a participação da comunidade. “A participação dos moradores do bairro foi fundamental para essa conquista que é, também, resultado de investimento que conseguimos fazer neste ano”, afirma o presidente.

A agremiação levou para a avenida 18 alas, 1 tripé, 3 carros alegóricos e cerca de 1.200 componentes. O enredo foi batizado de ‘O bar e o sonho, deixa quem quiser falar a Independente vem cantar.”

 Caíram 

As escolas Império de Fátima e Tradição Serrana foram as duas que menos pontuaram e, desta forma, foram rebaixadas para o Grupo de Acesso B. No ano que vem, desfilarão na quinta-feira.

BOA VISTA, A CAMPEÃ DO GRUPO ESPECIAL

Musas da Boa Vista Crédito: Fábio Vicentini

A escola Independente de Boa Vista, que homenageou os 90 anos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no desfile deste ano, é a grande campeã do Carnaval de Vitória. O resultado foi divulgado na tarde desta quarta-feira (27), durante apuração no Sambão do Povo, em Vitória

Com o enredo "PRF 90 anos de história dos anjos do asfalto", a agremiação foi a quinta a desfilar e entrou na avenida com 4 alegorias, um tripé, 18 alas e 1.600 componentes. Durante a apuração, a escola não tomou nenhum tipo de punição dos jurados. A comissão de frente da escola contou o dia-a-dia das estradas federais. O destaque foi para a imagem de Nossa Senhora. Lorena Fafá veio como destaque de chão, fantasiada de águia.

Em agosto, o barracão da Boa Vista foi atingido por um incêndio e destruiu três carros alegóricos. A águia, símbolo da agremiação, também foi destruída durante a ocorrência. Com todo esse prejuízo, a escola tratou os desfiles de 2019 como uma superação.

O segundo carro fez uma homenagem ao Vigilante Rodoviário. A escola mostrou ao longo do desfile a realidade vivenciada pela categoria como as blitze e a lei seca, além do combate à prostituição e a pedofilia.

A bateria, vestida de agente rodoviário, deu um show à parte na avenida. Outro ponto alto do desfile foi a ala composta somente por crianças. A ala "SOS Salvamento nas rodovias" lembrou as vidas que são salvas pelo trabalho dos anjos do asfalto. A escola fez o desfile em 62 min e 08 seg.

VEJA FOTOS

 Caiu 

A escola "Pega no Samba", que fazia parte do Grupo Especial, foi rebaixada para o Grupo de Acesso A. Ela foi a escola que menos pontuou.

A mistura de samba e balé, aposta da escola para o desfile deste ano, encantou o público. A agremiação foi a quarta a desfilar. A grande homenageada da escola, a bailarina Lenira Borges, de 96 anos, estava no primeiro carro alegórico, acompanhada pela filha e a neta que também são bailarinas. 

A Pega no Samba completou o desfile com 62 minutos, no limite do tempo máximo estipulado pelo regulamento. A agremiação atravessou o Sambão do Povo com 1.230 componentes, 17 alas, quatro alegorias e um tripé.

Crédito: Vitor Jubini | A Gazeta

A ideia de misturar dois ritmos tão diferentes como balé e samba deu certo. Era bonito ver bailarinas e passistas desfilando juntas no mesmo ritmo. Ainda sobre as bailarinas: elas sambaram na ponta das sapatilhas, mostrando muita força e graciosidade. E quando a letra do samba entoava “gira bailarina” os componentes obedeciam o puxador e rodopiavam, não importava em qual ala estavam.

Mostrou sincronia e harmonia. A bateria da escola, conhecida como Bateria Locomotiva deu um show à parte! Não dava para ficar indiferente ao som dela. As fantasias eram simples, mas bem feitas. Ao contrário do que se via em outras agremiações, as roupas da Pega no Samba não despedaçavam pela avenida.

Por várias vezes ficou um espaço muito grande entre as alas. Isso fez a escola correr e perder em harmonia. A letra do samba não empolgou o público, que não participava nem quando o samba tocava “batam palmas, a estrela chegou”. Apesar de parecerem bem feitas, as fantasias tinham problemas como falta de adereços em roupas da mesma ala. Desta forma, duas pessoas que desfilavam no mesmo grupo, ficam diferentes uma da outra.

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