Publicado em 23 de agosto de 2019 às 10:57
Mesmo com as medidas de contenção de gastos anunciadas pela Ufes na segunda-feira (12), que incluem a suspensão do uso do ar-condicionado e a redução da frequência de limpeza, a universidade ainda não pode garantir que essas ações serão suficientes para manter o funcionamento da instituição até o final do ano.>
Segundo a vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel, a universidade capixaba vive um momento "muito dramático"."Faremos de tudo (para funcionar). Começamos o semestre e vamos terminar o semestre. Mas não sabemos ainda se essas medidas serão suficientes. Estamos analisando mês a mês se vamos precisar tomar medidas ainda mais drásticas. As medidas divulgadas na segunda não são medidas de contenção, são medidas desesperadas, eu diria", alertou Ethel.>
Os alunos voltaram às aulas nesta segunda-feira (12) com um comunicado da administração central da universidade informando mais medidas de contenção de gastos.>
Além de desligar o ar-condicionado nas salas de aula e em setores administrativos, como informou o Gazeta Online em primeira mão, a universidade também cancelou a ajuda de custo para alunos participarem de eventos, cortou 50% nas despesas de manutenção de equipamentos, material de consumo e poda da grama e anunciou até que vai mudar a frequência com que os banheiros da Ufes são limpos, inclusive aqueles que são mais usados.>
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A vice-reitora também disparou duras críticas contra o "Future-se", projeto do Ministério da Educação que quer vincular parte do custeio das universidades federais à captação de recursos privados e regulamentar a gestão das instituições com participações de Organizações Sociais privadas. "É o maior ataque à universidade pública que já aconteceu no país. Até então, nunca tivemos um ataque tão profundo. Ele fere como a Universidade é gerida, como nos organizamos. Praticamente vão escolher nossos gestores", desabafou. >
PROTESTOS>
Na tarde de terça-feira (12), o contingenciamento no orçamento das universidades e institutos federais voltou a ser alvo de protestos de estudantes, professores e representantes de centrais sindicais. Os atos aconteceram ontem em todos os Estados do Brasil.>
Em Vitória, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), 4 mil pessoas participaram do protesto; já a organização do ato estima que a manifestação teve 5 mil participantes.>
O ato teve dois principais pontos de concentração: um no campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em Goiabeiras e o outro no campus do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) em Jucutuquara.>
Os dois grupos seguiram em caminhada, fechando várias vias da capital, e se encontraram na avenida Desembargador Santos Neves, na Praia do Canto. Após o encontro, eles seguiram até a fachada da Assembleia Legislativa, na Enseada do Suá, onde encerraram a manifestação.>
A Sesp informou que não houve registro de confusão durante o ato de estudantes e professores em Vitória. A caminhada começou um pouco antes das 18h e os manifestantes encerraram o ato na Assembleia Legislativa por volta das 21h.>
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