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Três anos após tragédia, moradores poderão voltar para o Grand Parc

Três anos após tragédia, moradores poderão voltar para o Grand Parc

Reconstrução da área de lazer e reforço das estruturas das torres devem ficar prontos em 31 de agosto deste ano; desabamento ocorreu em julho de 2016

Publicado em 1 de abril de 2019 às 19:25

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(Marcelo Prest | GZ)

Os moradores do condomínio Grand Parc Residencial, na Enseada do Suá, em Vitória, poderão voltar para seus apartamentos a partir do dia 1º de setembro, garantiu o Comitê de Gestão de Crise do condomínio. A previsão é que as obras de reconstrução da área de lazer - que desabou na madrugada do dia 19 de julho de 2016, deixando um morto e quatro feriados, seja concluída em 31 de agosto e, desta forma, os moradores estão autorizados a mudar de volta no dia seguinte.

Segundo o coordenador do comitê, José Gama de Christo, todos os moradores estarão autorizados a voltar, mas a mudanças devem acontecer conforme um cronograma que ainda será elaborado pelo comitê. Segundo Christo, ainda não se sabe quantos moradores devem retornar ao condomínio. "Vamos fazer esse cronograma de retorno para que não seja um processo tumultuado. Todos os moradores têm a possibilidade de voltar, mas quanto efetivamente vão voltar a gente só vai saber quando tivermos esse cronograma pronto e as pessoas o validarem", explica Christo.

Ele afirma que a data para mudança está dentro do cronograma que foi passado pela construtora Cyrela, responsável pelo empreendimento, e que a maioria dos moradores deve retornar ao antigo endereço. "A nossa percepção é que muita gente vai voltar, acreditamos que a grande maioria vai retornar. Mas, só teremos a concretização disso quando estivermos mais próximo da data", prevê o coordenador do comitê.

(Marcelo Prest | GZ)

Em nota, a construtora Cyrela, responsável pelo empreendimento afirmou que "as obras do empreendimento seguem o cronograma com previsão de encerramento no mês de agosto de 2019."

Ainda no texto, a empresa disse que foram feitas algumas melhorias, além da reconstrução da área de lazer, entre elas: a ampliação do salão de festas, espaços fitness e gourmet e adega; adequação estrutural das torres - que receberam uma capa de concreto ao longo da fachada, para garantir total estabilidade; sistema de segurança redesenhado, com a criação de uma sala de segurança e monitoramento; inclusão de vagas com infraestrutura para carros elétricos; separação das piscinas coberta e descoberta e inclusão de aquecimento solar na piscina coberta”.

EXPECTATIVA PARA VOLTAR

(Marcelo Prest | GZ)

A jornalista Patrícia Mosé tem um apartamento no Grand Parc e afirma que está ansiosa para voltar. Ela disse que, nesta reta final, está ajeitando só mais alguns últimos detalhes para "voltar para casa". "Eu tenho total intenção de voltar. Aliás, tenho muita vontade de voltar pra casa", afirma.

Ela conta que, durante todo o processo de reconstrução da área de lazer, os moradores foram informados e a comissão formada pelos condôminos acompanhou cada detalhe, por isso ela se sente segura para voltar. "O processo todo foi muito claro. Fomos informados de tudo, de cada passo. Os moradores que acompanharam as obras são engenheiros, pessoas capacitadas, por isso temos total segurança. Nós não estamos voltando de olhos fechados. O sentimento não é de medo. É só a melhor expectativa", explica.

RELEMBRE

O desabamento da área de lazer do condomínio Grand Parc Residencial aconteceu às 3h da manhã do dia 19 de julho de 2016 e matou o porteiro Dejair das Neves, 47, que trabalhava no residencial. Outras quatro pessoas ficaram feridas, incluindo o síndico, José Fernando Leite Marques. Os 166 apartamentos das três torres foram interditados.

A obra de reforma começou em 2017 e a previsão, na época, era de que cerca de R$ 130 milhões seriam desembolsados nos próximos anos para pagar as indenizações e a reconstrução do condomínio. Além de reerguer a área que desabou, a reforma inclui reforço na estrutura das três torres do condomínio.

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