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Toucas coloridas e boias ajudam a garantir segurança de nadadores

Toucas coloridas e boias ajudam a garantir segurança de nadadores

Peças deixam as pessoas visíveis dentro da água para quem está em lanchas e jet skis

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 03:02

Grupo usa toucas coloridas e boias para nadar em mar aberto na Curva da Jurema, em Vitória Crédito: Bernardo Coutinho

Você se lembra das boias flutuantes utilizadas para aprender a nadar? Elas não são apenas para iniciantes. É também um item de segurança para um grupo de nadadores amadores e até profissionais de Vitória para praticar o esporte no mar. Assim como as toucas coloridas, as boias servem para deixar as pessoas visíveis na água e prevenir que sejam atropelados por lanchas, jet skis e barcos a remo e a motor.

O empresário César Saade, de 52 anos, faz natação em águas abertas três vezes por semana bem cedo, às 6 horas da manhã, na Curva da Jurema, em Vitória. O horário foi escolhido pelas boas condições do vento, ondulação e pouca quantidade de embarcações no mar. “É mais seguro e mais prazeroso”, diz.

De acordo com César, no período do verão, aumenta o número de lanchas e jet skis no mar. E o kit com a boia sinalizadora e a touca colorida ajudou o condutor de uma moto aquática a notar sua presença.

“Um jet ski já passou bem perto de mim. Eles não possuem uma visibilidade boa. Geralmente andam correndo e fazendo manobras. Raramente estão atentos para o que está na frente”, relata César.

A aposentada Ignês Farias, de 64 anos, faz natação há dois anos também na Curva da Jurema junto com o marido. Eles utilizam uma boia sinalizadora rosa. “Nessa época do ano, que tem muitas embarcações no mar, é sempre bom. Ainda mais que nadamos eu e meu marido. É bom estar sinalizando para nadar mais tranquilo”, disse a aposentada.

UTILIDADE

O professor de educação física e natação Felipe Messias destaca que as medidas de segurança passaram a ser adotadas por conta da proximidade das embarcações durante a prática esportiva.

Nadadora faz o uso de boia sinalizadora rosa para ficar visível para os condutores de embarcações, na Curva da Jurema. Crédito: Bernardo Coutinho

Ele explica a utilidade dos equipamento: “A gente pede muito a utilização de equipamentos com cores mais fortes, principalmente a touca e a boia. A touca deixou de ser apenas um utilitário para o cabelo e se tornou um item de segurança. A boia dá sustentação em caso de desconforto e visibilidade para as embarcações”, explica Felipe.

REGRAS NO MAR

Divisão

A regra geral para o mar na área costeira é:

Banhistas

Até 100 metros de distância da faixa de areia, a água é priorizada para banhistas.

Esportes náuticos

Esportes náuticos devem ser praticados em uma distância de 100 a 200 metros da praia, como o remo e o stand up.

Barcos

A partir de 200 metros de distância da areia, barcos a motor podem trafegar. A aproximação da praia pode ser feita com velocidade inferior a 5 km/h.

Grande Vitória

No caso específico das orlas da Grande Vitória é proibido trafegar:

Entre a ilha do Socó e a Praia de Camburi, e a uma distância mínima de 200 metros da Ilha do Socó, na cidade de Vitória;

Entre a Ilha do Boi e a Ilha da Galheta de Fora, na Capital;

Entre a ilha de Pituã e a Ponta de Itapuã e a uma distância mínima de 200 metros da Ilha de Pituã, em Vila Velha;

Na Bacutia, em Guarapari, da arrebentação das ondas na praia até 200 metros.

Na Enseada de Peracanga, em Guarapari, da arrebentação das ondas na praia até 200 metros.

Na Enseada da Sereia, em Vila Velha, fica proibido o tráfego de embarcações motorizadas.

Fiscalização

A Capitania dos Portos do Espírito Santo faz ações de fiscalização em embarcações em alto mar e nas praias e verifica alguns itens.

Passageiros

Entre os itens, estão a quantidade de passageiros, documentação, estado de conservação da embarcação, se possui extintor de incêndio, realiza teste de embriaguez, verifica o tráfego de embarcações causa risco a banhistas próximo a orla.

Proibido

É proibido que embarcações trafeguem na área reservada para banhistas e prática de esporte em velocidade superior a 5 km/h, e que crianças de até sete anos utilize moto aquática e banana boat.

Verão concentrou 34% dos acidentes de 2017

Com mais gente nas praias, a estação do calor é também a mais perigosa no mar. Segundo a Capitania dos Portos do Espírito Santo, somente no verão passado ocorreram mais de 34% do total dos acidentes registrados até dezembro de 2017.

Por isso, na época de verão, a Capitania dos Portos intensifica as abordagens em locais com grande concentração de banhistas e de embarcações e jet skis, que muitas vezes não respeitam as regras de distância da faixa de areia.

A chefe do Departamento de Segurança do Tráfego Aquaviário, a capitão-tenente da Capitania dos Portos Maria Cláudia, destaca que embarcações a motor e jet skis só podem se aproximar da areia de forma perpendicular, ou seja, de frente, com velocidade inferior a 5 km/h.

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