Publicado em 2 de março de 2018 às 21:19
Na última quarta-feira (21), o advogado Cristian Ricardo Ferreira Júnior foi impedido de trabalhar ao acompanhar um cliente a uma audiência na Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas (Vepema), no Centro de Vitória, por conta da sua deficiência física - uma artrite idiopática juvenil que o faz usar duas próteses no quadril.
O prédio onde aconteceria a audiência não tem elevador, o que impediu que o advogado chegasse a seu destino, já que ele não pode subir e nem descer escadas. De acordo com Cristian, ele comunicou à servidora que o atendeu que não tinha como subir até a sala de audiência.
Cristian também solicitou que o juiz que presidia a audiência, Carlos Eduardo Ribeiro Lemos, descesse para realizar o ato judicial no térreo, mas não foi atendido.
Nesta sexta-feira (2), porém, o presidente da OAB-ES, Homero Mafra, fez uma representação à Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado cobrando a apuração do ocorrido. Ao tomar conhecimento dos fatos, o corregedor geral de Justiça, Samuel Meira Brasil Júnior, a OAB/ES recebeu o procedimento para apurações das denúncias apresentadas no âmbito da Corregedoria.
Eu vou apurar, de forma imparcial e isenta, disse, e adiantou que a questão da acessibilidade é atualmente um dos temas preocupantes para o Tribunal. Por fim, elogiou o advogado pela superação das dificuldades que "o tornam mais forte", dizendo já ser ele um vencedor na vida e na profissão.
Cristian foi acompanhado de sua colega de trabalho, Stefanny Resende, que foi testemunha dos fatos, relatando o ocorrido. Ele aproveitou o momento para relatar que se sentiu constrangido com a nota publicada pela AMAGES e por não poder cumprir com suas responsabilidades como advogado, sendo acusado de desídia pelo cliente que questionou a contratação.
Para Cristian é importante que tudo isto resulte em acessibilidade na Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas e que a Corregedoria apure a conduta da servidora e do magistrado com imparcialidade e brevidade.
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