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Soldados da Força Nacional de Segurança se envolvem em confusão em Vitória

Soldados da Força Nacional de Segurança se envolvem em confusão em Vitória

Três militares teriam agredido um rapaz e até sacado a arma contra um segurança que tentou intervir na briga. Comando da Força Nacional investiga o que aconteceu

Publicado em 20 de outubro de 2019 às 21:39

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Força Nacional faz patrulhamento no Centro de Vitória em decorrência da greve da PM. (Fernando Madeira - 08/02/2017)

Três soldados da Força Nacional se envolveram em uma confusão em uma casa noturna que terminou com um rapaz agredido, na madrugada deste domingo (20), em Bento Ferreira, Vitória. O caso vai ser apurado pelo comando da Força Nacional. Os militares devem ser ouvidos pelo comando nesta segunda-feira (21). 

Informações obtidas pela reportagem descrevem que a vítima foi alvo de pancadas por parte dos militares e chegou a ser levado desacordado para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência. O rapaz tinha lesões na cabeça, no nariz e no olho esquerdo.

Segundo as primeiras informações, a situação aconteceu em uma festa e o segurança do local chegou a tentar intervir ao imobilizar um dos soldados. Porém, outro militar envolvido na briga sacou uma arma, fazendo com que o segurança soltasse o colega.

Policiais militares do 1º Batalhão foram acionados e compareceram ao local. Porém, os três soldados já haviam saído da área. A identificação dos militares da Força Nacional foi repassada para a PM. O oficial de serviço da Força Nacional foi comunicado sobre a ocorrência por meio do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes).

Neste domingo (20), a comandante da tropa da Força Nacional no Espírito Santo, Major Naíma Huk Amarante, disse que já tem conhecimento da situação e que está tomando as devidas providências. “Eu recebi essa informação hoje e já tomei as devidas providências. É uma informação que tenho que analisar, avaliar e investigar para verificar se realmente era verídico. Fiz contato com o 1º Batalhão da Polícia Militar que atende a área de Vitória para saber se a situação era real. Também fiz os primeiros contatos com os integrantes da Força Nacional que, em tese, estariam envolvidos e eles vão prestar depoimento a respeito amanhã”, descreveu.

A comandante enfatizou que se realmente aconteceu alguma coisa, haverá penalidades à altura da conduta inadequada. “Se realmente se delinear que houve qualquer tipo de abuso por parte de integrantes da Força Nacional, o nosso regramento interno é bastante rígido, então eles serão retirados da Força Nacional, enviados a seus estados juntamente com o comunicado dos fatos. Não posso dizer se houve ou não o fato, mas sim que estamos tomando todas as providências para verificar se esse fato aconteceu da força como está sendo difundida”, explicou Major Naíma Huk Amarante.

Além de ouvir os soldados, o comando da Força Nacional já tem outras medidas a serem executadas. “Vamos buscar outras testemunhas, câmeras do local, e qualquer outra providência para a investigação para elucidar os fatos. É chamado de processo célere administrativo, é muito breve e, provavelmente, em menos de sete dias teremos o resultado. Somos muito eficientes na questão disciplinar e não admitimos abusos”, enfatizou a comandante, que juntamente com o sub-comandante, apuram os fatos.

Os fatos e provas são encaminhados junto para o Estado de origem e lá são apurados.

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Nunca esperamos que isso aconteça com nenhum tipo de agente da segurança. Porém, somos todos seres humanos, dotados de defeitos e de qualidades. A Força Nacional já está empenhada em descobrir o que aconteceu e tomar as providências devidas

Major Naíma Huk Amarante
Comandante da Força Nacional no Espírito Santo
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Essa foi a primeira intercorrência envolvendo militares da Força Nacional desde a chegada da tropa ao Espírito Santo, em 23 de agosto. “A comunidade tem nos abraçado de fato e a gente está tentando demonstrar a mesma atenção com eles. Afinal de contas, viemos para ajudar, dar apoio à polícia e atender as necessidades da comunidade. Por isso mesmo, se essa situação com os integrantes da Força Nacional se mostrar verdadeira isso dá um ‘baque’ na nossa postura de trabalho. Mas seguimos em frente pois todos podemos errar. Esperamos que não sejam verídicas, mas se forem reais não teremos a mínima tolerância quanto a isso”, reforçou Major Naíma.

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