Repórter / [email protected]
Publicado em 11 de abril de 2019 às 16:59
- Atualizado há 6 anos
Dois meses após a Prefeitura da Serra protocolar o projeto na Câmara, vereadores aprovaram a lei que autoriza a administração municipal a contratar 80 médicos para substituir os profissionais cubanos que deixaram a cidade depois que Cuba cortou a parceria com o Governo Federal. O projeto foi votado na quarta-feira e altera a Lei Municipal 3.207/2008 para acrescentar 80 médicos ao quadro de profissionais, saltando dos atuais 150 para 230 médicos. O projeto, mesmo com o pedido de urgência, teve que esperar dois meses para ser votado em meio à uma crise entre o Legislativo e o Executivo.>
O prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede), afirma que as manobras da Câmara da Serra com o intuito de afastá-lo da prefeitura vêm sendo patrocinadas pelo crime organizado. O chefe do Executivo solicitou segurança pessoal ao governador Renato Casagrande (PSB) e acusa o presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Caldeira, que é de seu próprio partido, de tentar dar um golpe no Poder Executivo e retirá-lo do cargo por meio da abertura de um processo de impeachment.>
Apesar disso, o presidente da Câmara nega que a demora em votar o projeto tenha ligação com essa crise institucional e afirma que demorou para colocar o projeto em votação para negociar com a Prefeitura uma melhor remuneração para o médico, que segundo o Caldeira, tem o pior salário da Grande Vitória na Serra.>
"Estávamos tentando dar uma acertada com o secretário de Saúde para dar uma incentivada melhor pra incentivar os médicos a virem pra Serra", garante.>
>
A subsecretária de Saúde da Serra, Eva do Carmo, nega que a cidade seja o município da Grande Vitória que pague menos para a categoria e afirma que a oferta hoje é de R$ 3,2 mil para o médico e R$ 9 mil para o profissional que atue nos postos de saúde da família.. "O nosso salário não é o menor. Ele é praticado dentro do mercado, mas o nosso prefeito, junto com sua equipe, estuda a viabilidade do que pode ser feito para melhorar", afirma.>
O projeto segue agora para as mãos do prefeito, que tem um prazo de 15 dias para sancioná-lo. Após a sanção, a expectativa é de que o processo seletivo seja iniciado em até 20 dias.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta