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Sem limite de idade: fãs de carrinhos de rolimã tomam ruas de Vitória

Sem limite de idade: fãs de carrinhos de rolimã tomam ruas de Vitória

Cerca de 20 competidores participaram do evento no bairro Santa Martha, em Vitória. O brinquedo, feito pelos próprios pilotos, marcou época nos anos 80 e 90

Publicado em 14 de julho de 2019 às 15:54

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Carrinhos de rolimã descendo ladeira no bairro Santa Martha, em Vitória. (José Carlos Schaeffer)

Uma mistura de nostalgia e adrenalina tomou conta das ruas mais íngremes do bairro Santa Martha, em Vitória, na manhã deste domingo (14) com a segunda edição do Rolimã Race Santa Martha - campeonato de descida dos tradicionais carrinhos de rolimã. Cerca de 20 competidores de vários locais da Grande Vitória participaram do evento, mas a atração principal é o brinquedo feito pelos próprios pilotos. 

Brincadeira de gente grande, Corrida de rolimã agita bairro em Vitória

A descida dos carrinhos é feito na ladeira da Rua Léa, no bairro Santa Martha. Em um percurso de 200 metros, com duas curvas e até um quebra-molas no trajeto, os participantes chegam a atingir uma velocidade de 50 km/h.

O campeonato também foi uma homenagem ao vidraceiro Emerson Reis, morto após um confronto com seguranças no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) em 2018. Emerson foi o idealizador dos circuitos de rolimã em Vitória.

O competidor Valmir Dantas, 44, participa das corridas há oito anos. (José Carlos Schaeffer)

A maioria dos competidores são da faixa dos 30, 40 e até 50 anos. A paixão pelo brinquedo na infância faz com que muitos continuem praticando a descida de rolimã até os dias de hoje, como o piloto Valmir Dantas, 44, que se emociona em lembrar das brincadeiras de criança, agora levada a sério.

"Desde criança a gente brinca, mas já tem 8 anos que estou competindo. É emocionante, porque a gente lembra das dificuldades das comunidades em ter lazer e o rolimã sempre foi um apoio de lazer para a comunidade carente". Assista ao vídeo abaixo: 

Paixão pelos rolimãs em família

Outros buscam manter a tradição e fazem de tudo para passar adiante a paixão pelos rolimãs. É o caso do competidor Patrick Ribeiro, 31, que faz questão de ter o filho Patrick, de 9 anos, acompanhando e participando de tudo. "Criança só quer saber de internet, essa coisas. Aí vem ver a brincadeira nossa de muito tempo atrás, tem que trazer pra ficar junto e brincar com a gente".

O competidor Patrick Ribeiro passando a paixão pelos rolimãs para o filho Patrick, de 9 anos. (José Carlos Schaeffer)

Um dos organizadores do evento, Leonil Dias, que é vereador na Capital, fala sobre o resgate da corrida. "A gente observou que agregava valores, trazer a família para perto. Resgatando valores da década de 80 e 90, uma nostalgia com adrenalina e foi um sucesso", disse.

Diversão perigosa

Apesar da diversão, a brincadeira também envolve riscos devido à velocidade que os carrinhos atingem e o modo artesanal com que são construídos. Durante uma das baterias, um competidor não conseguiu fazer totalmente a curva e se chocou contra o meio fio e os pneus que foram colocados para servir de proteção. Mesmo assim, alguns expectadores quase foram atingidos.

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Ao ser socorrido inicialmente por quem estava nas proximidades, o competidor apresentava um ferimento no pé e ele foi atendido por uma ambulância que estava no local para acompanhar o evento. Após esse atendimento elel foi encaminhado para um hospital da região.

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