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PRF recebe novo bafômetro que capta odor de álcool no ar

PRF recebe novo bafômetro que capta odor de álcool no ar

Umas vantagens desse aparelho é dar agilidade ao trabalho dos policiais em blitzes

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 12:48

Etilômetros passivos Crédito: Divulgação/PRF

A Polícia Rodoviária Federal recebeu, na tarde desta terça-feira (14), 25 equipamentos para identificar a presença de álcool no ambiente, sem que o condutor precise soprar, como é feito no teste tradicional. Eles são chamados de etilômetros passivos. De acordo com informações da PRF, os aparelhos vão passar por fase de teste para depois serem utilizados em fiscalizações nas rodovias federais.

Ao Gazeta Online, nesta quarta-feira (15), o Núcleo de Comunicação da PRF informou que os testes serão feitos nesta quinta (16) e, caso dê tudo certo, os equipamentos serão utilizados a partir deste mês.

Em entrevista à TV Gazeta, no dia 7 de agosto, o superintendente da PRF, Wylis Lyra, afirmou que a expectativa são de 30 dias para o uso dos equipamentos entrar em operação no Espírito Santo. Na conversa, Lyra explicou em detalhes como a nova ferramenta irá funcionar. Os equipamentos foram adquiridos com recursos de reaparelhamentos previstos na concessão da BR 101.

Como funciona o aparelho?

O equipamento faz aquele trabalho que o policial faz no seu dia a dia, ele seleciona o indivíduo que tem o odor etílico, uma característica de ter ingerido a bebida alcoólica. Em uma abordagem normal, eu paro o veículo, converso com o condutor e sinto aquele odor. Então ele é convidado a fazer o teste de etilômetro. E esse equipamento faz isso. Enquanto eu tenho uma conversa rápida com o motorista, ele está captando no ambiente se há a presença de álcool.

A luz verde indica que está ok e ele pode seguir viagem. A luz amarela identificou uma presença, ainda que mínima, de álcool ali dentro do veículo. A luz vermelha indica que tem muito álcool e esse realmente tem que ser parado.

O aparelho faz uma avaliação do ar dentro do veículo. Não necessariamente é o condutor. Ele pode estar dirigindo sem ter ingerido bebida alcoólica o os passageiros terem ingerido bebida alcoólica.

Como se faz em uma situação como essa?

Ele será convidado a fazer o teste de etilômetro e vamos ter a certeza que ele está ok e pode seguir viagem.

Ele é convidado a assoprar ou faz o teste nesse mesmo equipamento?

A fiscalização de consumo de álcool exige um equipamento que emite um laudo. Esse equipamento é à parte. O equipamento novo faz a seleção quando o condutor vai fazer o teste normal. A vantagem para a PRF é a agilidade que esse teste vai nos dar no trabalho. 

Aspas de citação

Enquanto esse aparelho leva 20 segundos para fazer cada teste, o outro é entre 5 a 10 minutos. Então nós temos um volume maior, em especial em saídas de festas, de estádios. Se não aparecer álcool nenhum, a gente já libera o veículo

Wylis Lyra, superintendente da PRF
Aspas de citação

Em uma blitz, nem todos os carros são parados. Nesse caso todos os carros serão parados?

O objetivo desse equipamento é fiscalizar, se não a totalidade, a maioria dos veículos. Então nós vamos ter uma abrangência maior e uma eficiência maior, porque nós vamos submeter ao teste de etilômetro normal aquele que já há um indício de estar sob efeito de álcool.

Se o carro estiver abastecido com álcool também vai detectar?

Sim. O ar pode estar poluído por outros fatores, por exemplo, se uma garrafa de álcool quebrou dentro do veículo. Por isso que nós em seguida vamos fazer o teste com o condutor.

E o enxaguante bucal e o bombom de licor?

Também podem ser detectados se colocado próximo dessa pessoa que fez esse consumo. Mas o teste final vai identificar se o condutor está hábil ou não para dirigir.

Esse equipamento é caro? Só a PRF vai usar?

Nós estamos adquirindo. Eles serão utilizados inicialmente na BR 101, ao custo de aproximadamente R$ 2.800 cada aparelho. O preço é semelhante (ao bafômetro). A vantagem é a agilidade, a quantidade de testes. Ele permite fazer 5 mil teste

. Vai agilizar o nosso serviço.

Segundo a lei, ninguém é obrigado a fazer o teste por não ser obrigado a produzir prova contra si mesmo. Como se faz nesse caso?

Por isso nós falamos que não é um teste. Ele [é uma forma de selecionar aquele que há um indício de ter ingerido bebida alcoólica. Esse trabalho já é feito pelo policial. Ele seleciona aqueles que há um indício para fazer o teste.

Esse equipamento serve como indício de embriaguez?

Sim. Vai nos ajudar como um indício, colaborando por algumas informações que o policial vai notar, como olhos vermelhos, as vestes desajeitadas. Há uma informação complementar para a continuidade do serviço.

Já é usado em outras cidades?

É usado em Brasília, o Detran já adquiriu. A Polícia Rodoviária Federal fez testes e o resultado foi muito positivo.

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