Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 19:16
Após deflagrar a operação Paralelo, que prendeu três pessoas acusadas de prática de câmbio ilegal de moeda estrangeira, a Polícia Federal agora procura a dona de uma agência de turismo de Vila Velha que fugiu do país em 2016 após ser denunciada por dar golpe em diversas vítimas.>
Charlene Muzy Savergnini vendia dólares por um valor mais barato que o do mercado legal. O dinheiro vinha de uma casa de câmbio autorizada pelo Banco Central. No entanto, apesar de possuir autorização do BC para operar na compra e venda de moeda estrangeira, a casa de câmbio fornecia dólares e euros para a agência de turismo de forma ilegal, no mercado paralelo ou utilizando-se de dados falsos para registrar as operações.>
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A Operação Paralelo foi deflagrada nesta quinta-feira (8), exatos dois anos depois da denúncia de clientes da agência de turismo que ficaram no prejuízo (relembre o caso aqui).>
Os três detidos são de três casas de câmbio e de duas outras agências de turismo que praticavam o mesmo crime.>
Segundo o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Vitor Moraes Soares, as casas de câmbio conseguiam dinheiro estrangeiro de forma legal, mas forneciam para agências de turismo ilegalmente, para que elas também vendessem, sem autorização.>
Para auxiliar a casa de câmbio, a empresa de turismo pegava os dados de clientes que compravam pacotes e as casa de câmbio lastreava informações com a documentação dessas pessoas, que nunca compraram moeda estrangeira. Várias pessoas disseram que jamais compraram moeda estrangeira, explicou.>
Segundo o delegado, as empresas vendiam, além dos pacotes, as moedas estrangeiras e com isso acabavam lucrando mais. Já as casas de câmbio vendiam grandes quantidades de moeda sem pagar os impostos necessários aos órgãos de fiscalização, como a Receita Federal.>
Só na agência em que Charlene a foragida era proprietária a estimativa da PF é de que foram movimentados R$ 9 milhões no ano de 2016. >
APREENSÕES>
Durante as investigações foram apreendidos aproximadamente US$ 200 mil dólares negociados no mercado paralelo, que estavam sendo transportados sem documentação comprovando a origem do dinheiro. Em uma das apreensões, a pessoa foi abordada no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com cerca de US$ 50 mil junto ao corpo.>
Na deflagração da operação, nesta quinta-feira (8), foram apreendidos, além de computadores e HDs externos, uma grande quantidade de moeda estrangeira. Até o final da manhã haviam sido contabilizados US$ 65 mil, 32 mil (euros) e R$ 250 mil. >
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