Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 01:05
O veleiro Paratii 2 será a base de oito pesquisadores que embarcam nesta quarta-feira (24) para a Ilha de Trindade, a cerca de 1.200 quilômetros da costa de Vitória. Durante os 20 dias de viagem eles farão mergulhos para estudar montanhas submarinas, sobre os corais, além da evolução das espécies e populações de peixes da região.
A embarcação de 30 metros de comprimento pertence ao navegador experiente Amyr Klink, conhecido pela travessia a remo do Atlântico Sul e viagens à Antártida. O veleiro Paratii 2 já viajou oito vezes para o continente de gelo. De design arrojado, sua estrutura foi feita com alumínio aeronáutico. O Paratii 2 possui uma cozinha, um banheiro, dois quartos, cabine do comandante e um escritório.
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Os pesquisadores, entre eles oceanógrafos e biólogos fazem parte de um projeto de pesquisa sobre a evolução da vida marinha e estudos de história natural da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O projeto é desenvolvido em parceria com a Academia de Ciência da Califórnia, nos Estados Unidos, e com outras instituições.
São três pesquisadores especializados em mergulhos profundos. e cinco mergulhadores de ambientes mais rasos. Vamos para essa pesquisa com 1.500 litros de água para beber quase 3 mil para lavar louça tomar banho, lavar equipamentos e a louça, explicou o pesquisador e biólogo Hudson Tércio Pinheiro.
O veleiro vai acomodar os pesquisadores e mais quatro tripulantes: o capitão, um técnico de operações, um técnico de mergulho da Academia de Ciências da Califórnia e Tamara Klink, filha do dono da embarcação.
A PESQUISA
A pesquisa vai quantificar e caracterizar os cardumes que habitam a região, da costa do Estado até a Ilha de Trindade. Para isso, serão realizados diversos mergulhos pelo percurso com o objetivo de entender a distribuição das espécies ao longo da cadeia e ainda a origem delas.
Nossa ideia é chegar até a Ilha de Trindade, mas no caminho existem diversas montanhas subaquáticas. Vamos parar em três dessas montanhas para explorar alguns ambientes. Vamos tentar estudar um pouco mais da ecologia e da história evolutiva das espécies que habitam esses ambientes, contou Hudson.
Os mergulhos serão realizados nas montanhas subaquáticas, localizadas a mais de 150 metros de profundidade. Serão utilizadas câmeras de captura de imagens, acopladas como iscas. Os peixes serão coletados e trazidos, após análise, para a coleção de espécies marinhas da Ufes.
Outro foco da expedição é buscar informações sobre os predadores de topo da cadeia alimentar marinha, como os tubarões. O resultado vai ajudar o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no ordenamento pesqueiro.
Outro foco da expedição é buscar informações sobre os predadores de topo da cadeia alimentar marinha, como os tubarões. O resultado vai ajudar o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no ordenamento pesqueiro.
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