Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 19:37
A velha guarda sugeriu e a escola atendeu. A Novo Império vem este ano com o enredo que mexe com a memória afetiva de parte dos moradores de Caratoíra, na região da Grande Santo Antônio, em Vitória: No vai e vem do mar, lá se vão 100 anos do Sindicato da Estiva.>
Mas o que um sindicato tem a ver com a memória afetiva do bairro? A maioria dos nossos fundadores são estivadores. Temos muitos funcionários do porto nessa região. Então a gente achou por bem um enredo que falasse um pouco da nossa comunidade, explicou o presidente da Novo Império, Alessandro Souza Santos, enquanto ficava de olho nos preparos para o desfile da escola.>
No período pré-carnaval, a correria é grande para dar conta da missão. Serão 22 alas, com fantasias para 1.800 componentes, quatro carros alegóricos, bateria com 190 ritmistas, 45 baianas e 45 passistas.>
Parte desse trabalho é construído nos três ateliês contratados pela agremiação. A gente está trabalhando mesmo desde o comecinho de dezembro, quando foi aberto o primeiro barracão. Em dezembro a gente estava com uma equipe menor, mas depois do Réveillon duplicou. É praticamente 24 horas no ar. Uma equipe sai e outra entra, conta Chica Chiclete, coordenadora de ateliês.>
>
A ritmista Kátia Breciani é uma das ajudantes no barracão leve. Desde que conheceu a Novo Império, não deixou mais a agremiação. Foi um caso de paixão, nem quis conhecer outras escolas. Trabalho na carga horária das 9h às 17h, mas como está próximo ao carnaval, toda semana a gente fica um pouquinho mais.>
Em outro lugar, montado no Sambão do Povo, um grupo trabalha nas alegorias e nos carros. Essa responsabilidade ficou com Alex Santos de Paiva, diretor executivo da escola e coordenador dos carros alegóricos. Faz dois meses que estamos trabalhando, com 15 pessoas nas ferragens. O ritmo é até quando o corpo aguentar.>
A Novo Império é a segunda escola a se apresentar, no dia 3 de fevereiro, sábado, noite do desfile das escolas do Grupo Especial. A primeira escola começa a desfilar às 22 horas.>
SAIBA MAIS>
ENREDO>
Compositores: Artur Nicolau, Gabriel Nicolau, Tadeu Ronchi, Tim Santos, Lolo, Thiago Bandeira, Kaike SantAnna e Rogério Só Filé>
Imperiano eu sou>
É força, garra da comunidade>
A Sindestiva vem no balanço do mar>
Pro centenário comemorar>
Odoyá, Janaína>
Ôh! Mãe das águas, traçou meu caminho>
Um porto de inspiração,>
Imigrantes batalharam nesse chão>
Do norte do Brasil para nossa capital o>
Comércio se expandiu é internacional>
Com a força de um povo guerreiro, suor derramado no chão>
Do índio, branco e negro, miscigenação>
Bate o tambor que chegou a marinhagem>
Damas, cassinos, boêmios, malandragem>
A orquestra da o tom em uma só canção>
Hoje é noite de fascinação>
Em cada olhar vejo um novo amanhecer,>
O orgulho de ter o solo abençoado>
Semear o grão, rumo a exportação>
É festa vamos comemorar>
Sob as bênçãos de Nossa Senhora, Salve São Benedito,>
Hoje é dia de celebrar!>
Meu paraíso não existe nada igual,>
É lindo ver o trabalho a beija do cais>
Todos num só coração, chegou a estiva guerreira>
Novo Império é raiz, bate no peito e diz>
Componentes: 1.800>
Alas: 22>
Carros alegóricos: 4>
Intérprete: Celso Júnior>
Mestre de bateria: Gleidson Mariano, o Mestre Glê>
Rainha de bateria: Rayane Rosa>
Carnavalesco: Jorge Caribé>
Onde comprar fantasias: Na quadra da escola, na Avenida Santo Antônio, 301, Pracinha de Caratoíra>
Ensaios: Na quadra da escola, aos domingos, às 19h30>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta