Um centro de Polícia Técnico-Científica, que será construído em Vitória, promete agilizar a solução de crimes no Espírito Santo.A unidade da Polícia Civil vai abrigar o Departamento Médico Legal (DML) e laboratórios de investigação, que vão ganhar espaços maiores.
O prédio, que deverá ter cinco ou seis andares, será construído em um terreno na avenida Fernando Ferrari, cedido pela Prefeitura de Vitória, onde atualmente funciona uma garagem da Guarda Municipal.
A nova estrutura vai aumentar a privacidade de vítimas de violência, que hoje precisam transitar entre outras vítimas e familiares de mortos dentro do DML, para fazer os exames que indicam as agressões. A ideia é que essas vítimas ganhem espaços mais adequados e mais isolados no novo prédio. O DML hoje funciona no bairro Santa Luíza.
Outra mudança será com relação à liberação de corpos. Diferente de como é hoje, o DML, nesse centro, terá uma sala separada de reconhecimento de cadáver. Com a alteração, o familiar poderá reconhecer o corpo através de vidro, sem precisar ver outros cadáveres.
"Será um atendimento mais humanizado. Embora o DML hoje tenha conseguido adaptações para atender melhor esses parentes, nesse momento tão frágil da vida deles, o prédio (no bairro Santa Luíza) não foi construído com um olhar de hoje. Com essa unidade, teremos melhores condições", garante Renato Koscky Junior, superintendente da Polícia Técnico-Científica do Espírito Santo.
O prédio vai reunir, além do DML, o departamento de laboratórios forense, o departamento de identificação e o departamento de criminalística. Hoje, esses setores, embora seja tudo da Polícia Técnico-Científica, não funcionam no mesmo prédio.
INVESTIGAÇÃO
Essa junção dos departamentos em um mesmo prédio, segundo Koscky, vai ajudar no trabalho de investigação da Polícia. "Toda a logística de trabalho vai ser favorecida. Não tenho dúvidas de que vai ficar mais rápido esse trabalho de investigação. Vai melhorar o diálogo e a troca de informações entre os departamentos, além da gente ter melhores condições de trabalho para os agentes. Hoje, a Polícia Técnico-Científica conta com uma estrutura de quatro mil metros quadrados. Isso será dobrado com o novo prédio", relata.
A expectativa de Koscky é que a licitação para o projeto da obra seja lançada ainda este ano. As obras só devem ficar prontas até 2022. O investimento será de R$ 11 milhões, recursos provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A Polícia Civil também planeja ampliar o atendimento no interior. Além da liberação de corpos e da perícia de plantão, a instituição quer implantar nessas unidades novos postos de identificação e alguns laboratórios. Hoje, há serviço médico legal em Colatina, Linhares e Cachoeiro, mas a Polícia planejar construir unidades também em Nova Venécia e Venda Nova do Imigrante.
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