A Marinha do Brasil confirma a formação de um ciclone que deve chegar ao litoral do Espírito Santo até terça-feira (26). Classificado como depressão tropical, o fenômeno natural formou-se às 9h deste sábado (23), em alto-mar, nas proximidades de Porto Seguro, na Bahia. São esperados ventos de até 88 km/h no mar. Já na costa, a ventania pode chegar a 61 km/h.
Segundo o relatório da Marinha o deslocamento do ciclone é previsto para direção Sul e os efeitos poderão ser sentidos no litoral Sul do estado da Bahia e do Espírito Santo.
O relatório informa que a previsão é de mar grosso a muito grosso, com ondas entre 3 a 4 metros em alto-mar. Há possibilidade de ressaca atingindo a costa entre Linhares, na região Norte do Espírito Santo, e Porto Seguro (BA), com ondas de até 3 metros, estendendo-se ao Sul até Vitória.
Caso a intensidade dos ventos observados venha a superar 61 km/h, o fenômeno será reclassificado como Tempestade Tropical "Iba", expressão em tupi-guarani que significa "ruim", segundo a Marinha. A intensidade de ventos observados, por enquanto, é de 46 km/h. A condição do tempo provocada pelo ciclone acontece principalmente em alto-mar, associada à chuva intensa.
De acordo com a meteorologista Josélia Perogim, do Instituto Climatempo, é preciso esclarecer que a maior instabilidade, as áreas de chuva mais fortes e as rajadas de vento ficarão sobre o mar mas independente da intensificação da baixa pressão atmosférica, a circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera vai forçar a concentração de umidade e calor sobre o Norte e Leste de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo neste fim de semana.
Por este motivo, nuvens carregadas já atuam nestas áreas e vão continuar no céu capixaba pelos próximos dias, com risco de raios e chuva forte.
Um ciclone surge por conta da formação de uma área de baixa pressão atmosférica e de forte intensidade. Para que ele evolua para um um furacão, por exemplo, é preciso que essa área de baixa pressão seja mais intensa e com ventos mais fortes, dependendo, ainda, da temperatura dentro da área do fenômeno.
Josélia explica, ainda, que existem ciclones tropicais, ciclones subtropicais e extratropicais. Todos eles são sistemas de baixa pressão atmosférica onde o ar se movimenta no sentido horário, no Hemisfério Sul, e no sentido anti-horário, no Hemisfério Norte.
"Ciclones são associados com grandes áreas de nuvens carregadas que provocam chuva intensa. A diferença de pressão atmosférica entre o centro do sistema e a porção mais externa aumenta a velocidade do vento", detalha. Dependendo da velocidade dos ventos, os ciclones são classificados de forma especial.
Depressão tropical: vento (máximo sustentado de até 33 nós - 61 km/h);
Tempestade tropical: vento (máximo sustentado de 34 nós - 62,9 km/h a 116,5 km/h);
Furacão: vento (sustentado de 64 nós ou maior - 118,4 km/h ou maior).
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