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Inquérito que apura acidente com 'Rei do Triângulo' segue sem solução

Inquérito que apura acidente com "Rei do Triângulo" segue sem solução

Na época da confusão envolvendo Bruno Barreto, a Polícia Civil prometeu avaliar imagens das câmeras e o caso foi encaminhado para Delegacia de Delitos de Trânsito

Publicado em 7 de junho de 2018 às 14:34

Já se passaram quatro meses desde a última confusão envolvendo o empresário Bruno Barreto, 33 anos, conhecido como o "Rei do Triângulo". Ele é suspeito de ter provocado um grave acidente de trânsito na Praia da Costa, em Vila velha, em fevereiro desse ano, e fugido minutos depois da batida. Na época, a Polícia Civil prometeu avaliar imagens das câmeras de videomonitoramento e o caso foi encaminhado para Delegacia de Delitos de Trânsito. Cento e vinte dias depois, as perguntas sobre os rumos dessa história seguem sem resposta.

Procurada pela reportagem para esclarecer como estão as investigações, a Polícia Civil limitou-se a dizer, por nota, que não pode repassar informações sobre o caso. "A Polícia Civil informa que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Delitos de Trânsito e, ainda, informações adicionais não poderão ser passadas para não atrapalhar o andamento do inquérito policial", diz a nota.

O acidente em Vila Velha aconteceu no dia 07 de fevereiro. Bruno Barreto dirigia um Chevrolet Corvette preto, veículo esportivo de luxo, avaliado em cerca de R$ 155 mil. Em alta velocidade, ele colidiu contra a traseira de um Ônix prata, que era conduzido por uma universitária de 22 anos, que ficou ferida. O "Rei do Triângulo" ainda atingiu a parte de trás de uma van branca. E ao tentar escapar do local do acidente dirigindo o Corvette, mesmo avariado, também bateu na traseira de um C3 branco. Todos os carros estavam parados no sinal do cruzamento das avenidas Champagnat e Hugo Musso. 

Imagens das câmeras de videomonitoramento da prefeitura mostram ele saindo pela janela do carona do Chevrolet Corvette preto, momentos antes de fugir do local

ESPOSA MENTIU PARA A POLÍCIA

Na ocorrência, registrada na 2ª Delegacia Regional de Vila Velha no dia do acidente, os policiais civis relatam que, ao chegarem no local, populares disseram que a mulher do empresário estaria no posto observando a situação.

Ela foi abordada e disse não ter nada a ver com o caso e nem conhecer quem dirigia o carro. Mas os policiais, em revista, encontraram os documentos do Corvette dentro do veículo dela, um Audi Q3 branco.

Por fim, a mulher acabou por admitir que o dono do veículo pediu que ela pegasse os documentos. Mas não disse quem era a pessoa que estava ao volante na hora da batida. O Corvette foi guinchado momentos após o acidente.

O OUTRO LADO

A reportagem do Gazeta Online entrou em contato com a advogada de Bruno Barreto, que afirmou que somente o representava em outros casos.

 HISTÓRICO DE CONFUSÕES

Bruno Barreto, no dia em que foi detido, após confusão no Triângulo, em outubro de 2014 Crédito: Vitor Jubini - 12/10/2014

Bruno Paixão Barreto coleciona infrações de trânsito. Em 2014, ele e o pai, João Barreto, após uma tarde de bebedeira com direito a som alto, foram detidos na Praia do Canto, em Vitória, por desacato e resistência. Os dois chegaram ao Triângulo das Bermudas  em um Porsche e uma BMW e circularam pela área de lazer - proibida para veículos aos domingos. A Guarda Municipal foi chamada, pai e filho tentaram fugir, mas acabaram detidos. Na delegacia, negaram que tivessem bebido e afirmaram "Somos milionários, fazer o quê? Temos dinheiro para jogar fora. Somo os Reis do Triângulo".

Em 2015, Bruno Barreto ainda foi autuado por diversas infrações de trânsito em apenas duas horas. Na ocasião ele foi parado em três blitze e levou R$ 12 mil em multas.

Em 2017, três anos após a confusão no Triângulo das Bermudas, pai e filho foram condenados a quatro anos de prisão por dirigir sob efeito de álcool e com carteira suspensa. Eles pagaram fiança de R$ 14,5 mil cada um e foram liberados.   

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