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Governo do ES avalia fechar a Escola Viva de São Pedro, em Vitória

Governo do ES avalia fechar a Escola Viva de São Pedro, em Vitória

Unidade funciona em um prédio particular e o governo gasta aproximadamente R$ 1,6 milhão por ano com aluguel e vigilância

Publicado em 29 de agosto de 2019 às 17:26

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Alunos protestam em Vitória contra fechamento da Escola Viva São Pedro. (Caíque Verli)

O Governo do Estado confirmou que avalia fechar a Escola Viva de São Pedro, em Vitória, a primeira unidade inaugurada do projeto de ensino integral implantado na gestão Paulo Hartung, que antecedeu o atual governador Renato Casagrande.

Os elevados custos de aluguel e vigilância do colégio, já que o prédio não pertence ao Estado, e o baixo número de alunos são apontados como fatores que levam o governo Casagrande a cogitar o fechamento e a transferência dos estudantes para outras escolas.

Só com essas duas despesas, de aluguel e vigilância, o governo gasta R$ 1,6 milhão por ano. Considerando todos os gastos, o governo desembolsa, por mês, R$ 1,7 mil por aluno.

Apesar de ter capacidade para 600 estudantes, apenas 240 alunos são matriculados na escola de São Pedro, que oferece o Ensino Médio em tempo integral. O nível de ociosidade da escola, segundo a secretaria estadual de Educação (Sedu), nunca foi menor que 40%.

Esse balanço foi apresentado pela Sedu, em reunião com professores e alunos do colégio. Na manhã desta quinta-feira (29), estudantes fizeram um protesto reivindicando que a Escola Viva de São Pedro seja mantida.

O secretário estadual de Educação, Vitor de Angelo, negou que a pasta já tenha tomado uma decisão sobre o fechamento e disse que está ouvindo a comunidade escolar sobre o assunto. No entanto, admitiu que essa possibilidade não está descartada.

O secretário pontuou que, em sua grande maioria, esses alunos da unidade de São Pedro são de outros bairros, que têm ou que também vão ganhar escolas em tempo integral.

“Nós não temos déficit de vagas na rede estadual e, no entanto, nós alugamos essa escola. Ou seja, alugamos uma escola, criando vagas que teoricamente não são necessárias porque existem vagas na rede estadual. Vamos abrir no ano que vem novas escolas de tempo integral e uma delas é bem próximo a essa escola de São Pedro. Nesse sentido, há vários elementos que mostram do ponto de vista da gestão que não há razão para continuarmos com essa escola”, argumenta.

Para 2020, o Governo do Estado planeja implantar mais 11 escolas em tempo integral. Uma unidade que vai ganhar esse novo modelo de ensino é a escola Major Alfredo Pedro Rabaioli, no bairro Mário Cypreste, que poderia receber parte desses alunos de São Pedro.

O secretário disse que não está em pauta discutir o fechamento das outras unidades da Escola Viva. “É uma questão pontual pela questão do aluguel, da baixa ocupação da escola e pelo fato que a maioria dos alunos não é do bairro. Então, nós temos elementos para refletir a razão de ser dessa unidade (São Pedro). Agora, nas outras unidades, as questões são diferentes. Existem escolas em tempo integral que também tem baixa ocupação, mas a escola é nossa. Ai a opção passa a ser fazer algum tipo de intervenção que coloque mais alunos na escola”, explica de Angelo.

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O projeto Escola Viva foi apontado como um carro-chefe da gestão do ex-governador, Paulo Hartung. A unidade de São Pedro foi a primeira inaugurada, em 2015. O atual secretário de Educação, porém, garantiu que a avaliação do fechamento da escola não tem conotação política e é motivada por questões técnicas.

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