Publicado em 24 de julho de 2019 às 21:06
Estudante de medicina, o capixaba Vittor Guidoni Marianelli, de 19 anos, está nas graças da web desde que postou uma foto vestindo uma camiseta com a seguinte frase: Sim, eu faço medicina, mas por favor não me chame de doutor, me chame de Vittinho do SUS. A publicação, feita na noite do último domingo (21), já tem mais de 169 mil curtidas e 24 mil compartilhamentos.>
VEJA TWEET>
Eu não esperava nem um pouco pela repercussão que teve. Postei como sendo algo divertido para quem me seguia, para os meus amigos. Mas, aí, uma pessoa compartilhou, outra também, e acabou tomando proporções estupendas, para dizer o mínimo, disse Vittinho. Eu não esperava nada disso, me assustou bastante, completou.>
De acordo com ele, a ideia da camiseta surgiu de outra similar que ele tinha visto na internet, de um estudante de direito, com o apelido Klebinho das Leis. Achei sensacional e resolvi fazer a minha. O objetivo era dar risada e utilizar na recepção dos novos calouros do curso, que vai acontecer no final do mês, explicou.>
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DE PIADA À CRÍTICA>
O que seria apenas uma piada, no entanto, foi interpretado como uma crítica por diversos internautas que comentaram o post. Por lógica, todo mundo deve concordar que o título de doutor serve para quem completou o doutorado. Quando se gradua no curso de medicina, o título dado é o de médico, defende Vittinho.>
Ainda na visão do estudante, o tratamento não é o mais importante. Muita gente chama os profissionais de saúde de doutor de forma informal ou por falta de um termo melhor e isso não faz diferença alguma. O que é chato é quando abusam do título para se vangloriarem e alcançarem status social, concluiu.>
VITTINHO DO SUS SERÁ REALIDADE?>
Decidido a ser médico desde 2017, Vittor nasceu e viveu toda a vida na cidade de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. A saída do solo capixaba rumo à cidade mineira de Governador Valadares aconteceu apenas para cursar a graduação na Universidade Vale do Rio Doce, da qual é estudante do terceiro período.>
Longe de se formar, ele ainda não crava como será o futuro como médico, mas garante que contribuirá com o Sistema Único de Saúde (SUS). Eu tenho planos de me voluntariar em algum programa, como Médicos Sem Fronteiras ou Cruz Vermelha; mas antes ou depois disso acontecer, com certeza, vou me voluntariar para ajudar o SUS da melhor maneira que puder.>
A vontade de colaborar reflete a importância que Vittinho atribui ao SUS. Para muita gente ele faz milagres. É uma pena que a administração e a burocratização não deixem ele crescer e fazer tudo o que está previsto que ele faça. Hoje ele já é um dos sistemas públicos de saúde mais admirados no mundo, e um dia o SUS honrará todo esse conceito, disse esperançoso.>
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