> >
Em greve, professores fazem protesto dentro de escolas em Vitória

Em greve, professores fazem protesto dentro de escolas em Vitória

As manifestações aconteceram em três escolas de Jardim da Penha; mães de alunos reclamam e questionam a segurança das crianças

Publicado em 5 de abril de 2018 às 19:44

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Uma mãe também informou que a categoria entrou na escola Éber Louzada, em Vitória. (Reprodução | Google Maps)

Mães de alunos que estudam em escolas municipais de Vitória reclamaram de manifestações que aconteceram dentro das instituições, na tarde desta quarta-feira (4). Professores, que estão em greve desde o dia 26 de março, fizeram protestos dentro das unidades.

Uns casos foram registrados no Centro Municipal Educacional Infantil Zenaide Genoveva Marcarini Cavalcanti e na Escola Municipal de Ensino Fundamental Éber Louzada Zippinotti, localizadas no bairro Jardim da Penha. 

Segundo Graciella Souza Melo Silva, mãe de aluno do CMEI Zenaide Genoveva, os manifestantes entraram na instituição com bandeiras e apitos, no momento em que os alunos estavam no intervalo. Ela afirma que foi a própria diretora quem abriu os portões para que eles entrassem. "Eu acho uma coisa desnecessária e que colocou a vida dos nossos filhos em risco porque não entraram somente professores, a própria diretora falou isso".

Uma mãe, que não quis se identificar, também informou que a categoria entrou na escola Éber Louzada. No momento da manifestação, os alunos estavam em aula.

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Álvaro de Castro Mattos, os manifestantes tentaram entrar, mas o diretor impediu.

Por meio de nota, a Prefeitura de Vitória lamentou o ocorrido. "A Prefeitura de Vitória, por meio de sua assessoria, informa que lamenta que o SINDIUPES/CUT tenha levado alguns trabalhadores à manutenção da greve mesmo ela tendo sido declarada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo, desde o dia 2 de abril, trazendo inúmeros prejuízos à escolarização de centenas de estudantes".

A prefeitura informou que acolheu quatro das cinco revindicações da categoria durante reuniões realizadas em mesa de negociação. A Procuradoria Geral do Município (PGM) determinou que a prefeitura proceda com as medidas cabíveis.

"Os avanços ainda desejados por todos, serão melhor alcançados na manutenção do ambiente de cooperação e diálogo que sempre existiu entre a gestão atual e os servidores", finalizou a nota.

VÍDEO

O OUTRO LADO

Segundo o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Paulo Loureiro, o objetivo das manifestações dentro das escolas é para convidar os professores que não aderiram à greve.

Ele afirmou que ainda não há previsão para o término do movimento. "Estamos em greve e a prefeitura não se movimentou para mostrar alguma alternativa para negociar com a gente. Não temos motivos para retornar. Estamos aguardando uma convocação para tentar negociar".

JUSTIÇA

Na segunda-feira (2), o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) declarou ilegal a greve dos professores, e determinou o retorno imediato ao trabalho, sob a multa diária de  R$4 mil. 

Paulo disse à reportagem que não recebeu nenhuma notificação da Justiça. "Nosso movimento é legitimo. Estamos sem reajuste há quatro anos, as escolas estão sucateadas. Estamos dialogando com as comunidades e o movimento está crescendo. Muitas escolas estão aderindo à greve".

ASSEMBLEIA

Na manhã desta quinta-feira (5), a categoria fez uma avaliação da greve, que começou no último dia 26. Segundo Paulo, a próxima assembleia está marcada para o 12 de abril, às 14 horas, no auditório do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários), no Centro de Vitória.

No mesmo dia, Paulo disse que está prevista uma reunião com alguns representantes da Prefeitura de Vitória para discutir uma emenda de negociação. O encontro vai acontecer no Palácio Municipal, às 10 horas.

A GREVE

A escola Padre Anchieta, localizada em Vitória, também está em greve. (Google Maps | Reprodução)

Este vídeo pode te interessar

Professores da rede municipal de Vitória entraram em greve no dia 26 de março. De acordo com o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Paulo Loureiro, a categoria reivindica reajuste salarial com base na inflação dos últimos anos e o pagamento correto do plano de cargo.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais