Publicado em 17 de junho de 2019 às 22:27
Dois projetos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) sobre as consequências do rompimento da barragem de Mariana no >
foram selecionados para participar de uma pesquisa para identificar formas de recuperação das áreas do manancial. Os projetos vão se juntar a outros treze de universidades de Minas Gerais e, no total, os selecionados vão receber R$ 5,6 milhões para as pesquisas.>
Os trabalhos terão duração de dois anos. As pesquisas da Ufes vão monitorar o ecossistema em áreas com influência da foz e analisar os impactos sociais e econômicos após a restrição do uso da água captada no rio Doce.>
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A seleção foi feita pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Fundação Renova e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes). >
Impactos econômicos do desastre >
De acordo com o coordenador do projeto sobre os impactos econômicos do desastre e professor do departamento de Economia da Ufes, Ednilson Silva Felipe, após o rompimento, a água do rio Doce deixou de ser usada por falta da qualidade, causando impactos econômicos, sociais e ambientais.>
O que vamos fazer especificamente nesse projeto é mapear quais foram os impactos econômicos ao longo do rio. Vou discutir o que aconteceu com as indústrias da região ao longo do rio que eram intensivas no uso de água, o que aconteceu com a agropecuária, com o comércio e o turismo, explicou.>
O professor explicou que após a tragédia, muitas pesquisas foram feitas para dimensionar os impactos macros na economia, como a paralisação da Samarco em Anchieta, Sul do Estado. Agora, são os impactos menores que serão mensurados.>
Qual foi o impacto, por exemplo, em uma pousada da região, o impacto de uma pequena indústria, na rede hoteleira, restaurantes. Todos são abastecidos com água e isso não foi mapeado. Sabemos que teve um impacto macro, mas não sabemos o impacto nas pessoas.>
O líder das ações de Economia e Inovação da Fundação Renova, Paulo Rocha, explicou que a Fundação pretende colocar em prática os projetos selecionados após a conclusão dos estudos. Algumas ações, inclusive, devem ser aplicadas antes mesmo da finalização dos projetos.>
A Fundação Renova foi criada em março de 2016 com a assinatura do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) entre a Samarco, empresa responsável pela barragem, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de autarquias, fundações e institutos ligados ao meio ambiente.>
O objetivo da Renova é gerir e executar, com autonomia técnica, administrativa e financeira, os programas e ações de reparação e compensação socioeconômica e socioambiental para recuperar, remediar e reparar os impactos causados pelo rompimento da barragem em Mariana.>
Uso na construção civil>
Para a educação e a cultura, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) propõe a implantação de uma rede de conhecimento e cooperação entre pesquisadores, alunos e moradores da bacia do Rio Doce.>
Há projetos voltados para o desenvolvimento sustentável como o da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que propõe a utilização do rejeito de barragem de minério para fabricação artesanal de tijolos que serão usados na construção de moradias.>
Já a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai desenvolver o projeto de uso do rejeito sedimentado da bacia do Rio Doce no desenvolvimento de componentes para a construção civil.>
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