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Crimes bárbaros: saiba como estão os envolvidos nos casos que comoveram o Espírito Santo

Crimes bárbaros: saiba como estão os envolvidos nos casos que comoveram o Espírito Santo

Alguns dos assassinatos ficam guardados na memória dos capixabas por causa da crueldade e covardia que foram cometidos

Publicado em 17 de julho de 2015 às 18:26

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Diante de tantas tragédias que estampam os noticiários diariamente, alguns crimes ficam guardados na memória dos capixabas por causa da crueldade e covardia que foram cometidos. O Gazeta Online selecionou alguns casos de grande repercussão no Estado para responder ao leitor à seguinte questão: onde estão os acusados?

O caso "Itiberê"

No dia 14 de maio de 2000 foi descoberto um dos crimes mais bárbaros ocorridos no Espírito Santo. O comerciante Marcos Itiberê Rodrigues de Castro Caiado, ná época com 36 anos, matou os dois filhos, Marcos Itiberê Rodrigues de Castro Caiado Filho, de 9 anos, e Gabriela Colnago de Castro Caiado, 7.

Gabriela e Marcos Itiberê Filho foram mortos pelo pai em maio de 2000As crianças foram sequestradas pelo pai no dia 3 de maio de 2000 e levadas para o apartamento dele, no Centro de Vila Velha. Dias depois foram espancadas e mortas à tiros por Itiberê, que enrolou os corpos em um cobertor, colocou dentro de um closet e lacrou o local com cimento.

Cerca de onze dias depois, o Procurador de Justiça Carlos Itiberê de Castro Caiado, pai do acusado, desconfiado do desaparecimento dos netos, decidiu ir até o apartamento onde o filho morava. Lá encontrou os corpos, que estavam em avançado estado de decomposição. Os vizinhos já haviam informado à polícia sobre o mau cheiro vindo do apartamento.

Marcos e Gabriela moravam com a mãe, de quem o comerciante estava separado há um ano.

Onde está Itiberê?

Marcos Itiberê Rodrigues de Castro Caiado confessou o crime. Em 17 de outubro de 2003 foi condenado a 43 anos e seis meses de prisão. A data prevista para progressão da pena para o regime semiaberto é 9 de junho de 2016. A previsão dele ir para o aberto é 25 de dezembro de 2021. A data provável para o término da pena é 22 de setembro de 2049. Atualmente, Itiberê cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima I, em Viana.

O "Crime da Ilha"

Em 2003 a Ilha do Frade foi cenário de uma tragédia. A dona de casa Cláudia Soneghete Donati, de 28 anos, e a empregada doméstica Mauricéia Rodrigues, de 20 anos, foram assassinadas dentro da mansão de Cláudia, em um dos bairros mais nobres da capital capixaba. Cláudia morava com o marido, o empresário Jorge Duffles Andrade Donati, e com o filho de 5 anos.

Foto: Arquivo A Gazeta

Segundos os autos, na tarde de 15 de janeiro de 2003, o caseiro da residência, Cristiano dos Santos Rodrigues, teria imobilizado, torturado e asfixiado até à morte as vítimas. Em seguida, com a ajuda do irmão, Renato dos Santos Rodrigues, teria enrolado os corpos em tapetes, cobertores e ateado fogo.

Após concluída as investigações, o Ministério Público apontou que Cristiano teria cometido o crime a mando de Jorge Donati, esposo da vítima. Donati estaria desconfiado da fidelidade da esposa e inconformado com o pedido de separação e partilha do patrimônio. Ele teria oferecido 15 mil ao caseiro para executar Cláudia Soneghete.

Jorge Duffles Andrade Donati é o atual prefeito do município de Conceição da Barra, e sempre negou o crime.

Como estão os acusados?

O jardineiro Cristiano dos Santos Rodrigues foi condenado a 38 anos e seis meses de prisão. A data provável para o cumprimento da pena em regime semiaberto é 25 de agosto de 2016 e para o aberto em 30 de maio de 2022. A data prevista para o término da pena é 24 de março de 2051. Ele está preso na Penitenciária Estadual de Vila Velha I (PEVV I), localizada em Xuri, Vila Velha.

Renato dos Santos Rodrigues, irmão de Cristiano, foi absolvido do crime de homicídio e não foi condenado por receptação devido a prescrição da pretensão punitiva.

O processo de Jorge Duffles Andrade Donati foi remetido ao Tribunal de Justiça, tendo em vista Foro Especial adquirido por ser prefeito da cidade de Conceição da Barra.

O "Monstro da Ponte"

O pedreiro Wilson Barbosa, de 37 anos, ficou conhecido como o "monstro da ponte" depois de jogar as suas duas filhas, Luciene da Conceição Barbosa, de 4 anos, e Luciana Dortes Barbosa, 2, de cima da ponte que liga Nova Almeida, na Serra, a Fundão. 

O crime aconteceu no dia 13 de abril de 2010. As meninas caíram no rio Reis Magos, foram arrastadas pela força da água e morreram afogadas. Os corpos foram encontrados pela equipe de resgate somente no outro dia.

O pedreiro confessou o assassinato e alegou que matou as crianças por não aceitar o fim do relacionamento com a mãe delas. 

Wilson foi agredido por populares que presenciaram o crime, mas foi levado pela polícia antes que fosse linchado.

Como está o acusado?

O pedreiro foi condenado por crime hediondo a 36 anos de prisão, em regime fechado. A data provável para cumprir a pena em regime semiaberto é 3 de agosto de 2024, e aberto em 23 de março de 2033. A data prevista para término da pena é 10 de março de 2046. Wilson está recolhido na Penitenciária de Segurança Máxima I, em Viana.

Caso Barbara Richardelle

No dia 17 de março de 2014, a frieza do eletricista Christian Braule Pinto Cunha, de 19 anos, ao confessar o assassinato da ex-namorada Bárbara Richardelle, 18, chocou a população capixaba. Bárbara e Christian namoraram por um ano e três meses e terminaram a relação devido ao vazamento de fotos nuas que a menina teria enviado para o namorado.

Foto: Arquivo A Gazeta

Mesmo com o fim do relacionamento, os dois continuavam se desentendendo. Por volta de 19 horas do dia 17, Bárbara, que era vendedora de uma loja de cosméticos na Praia da Costa, em Vila Velha, saiu do trabalho e foi se encontrar com o ex-namorado em uma obra sob responsabilidade da empresa do pai dele, no mesmo bairro.

Os dois discutiram mais um vez e Bárbara decidiu ir embora. Já de saída, Christian surpreendeu a menina, esganando-a. O rapaz permaneceu ao lado da moça acreditando que ela estava morta, até as 22 horas. Ele relatou à polícia que durante esse período saiu para comprar um churrasquinho e um refrigerante, que comeu ao lado dela. Ao perceber que a Bárbara se mexeu, o eletricista pegou uma cavadeira da obra e a golpeou na cabeça. Bárbara morreu na hora. Depois colocou o corpo da ex-namorada no porta-malas do seu carro e abandonou às margens da Rodovia Darly Santos.

A polícia encontrou o corpo de Bárbara Richardelle na manhã do dia 18 de março.

Como está o acusado?

Após confessar o assassinado, Christian Cunha foi preso. Ele permaneceu detido até o final de maio e foi solto porque a Justiça entendeu que ele não representava risco à sociedade. O Ministério Público recorreu e no dia 2 de julho de 2014 e a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do ES decretou a prisão preventiva dele. O processo corre em Segredo de Justiça e o acusado está preso no Centro de Detenção Provisória da Serra enquanto aguarda o julgamento.

Caso Gabryela Bonfim

Outro caso em 2014 sensibilizou a todos no Estado. No dia 23 de junho, Thiago Rosa do Sacramento, de 25 anos, foi acusado de matar a namorada Gabryella Oliveira Bonfim Sampaio, de 24 anos. O casal estava junto há cerca de cinco meses e, segundo os familiares da vítima, a relação era conturbada.

Foto: Arquivo A Gazeta

Depois de saírem de uma casa shows em Vila Velha, Thiago e Gabryella seguiram para casa da avó do rapaz, acompanhados do jovem Lucas Manhães Brício, 19. Lá, os três teriam mantido relação sexual. Depois, Gabryella teria sido estuprada, torturada e degolada. Toda a ação foi filmada e enviada para o celular da mãe da vítima.

Para a polícia, a principal suspeita é de que o crime tenha sido cometido por motivo passional, tendo em vista o conteúdo do vídeo. Gabryella teve os cabelos cortados, o celular preso à boca e a faca utilizada para matá-la introduzida na vagina. Lucas e Thiago foram presos no dia seguinte.

Gabryella deixou 3 filhos, dois meninos de 9 e 5 anos e uma menina de 2.

Como estão os acusados:

Thiago Rosa do Sacramento confessou o crime. Ele está preso no Centro de Detenção Provisória de Vila Velha.

Já Lucas Manhães Brício aguardava julgamento na Penitenciária Estadual de Vila Velha mas, por decisão da Justiça, foi liberado no dia 4 de setembro de 2014.

Colaboração

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Todas as informações sobre a situação dos acusados foram fornecidas pela Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Justiça - SEJUS e pela assessoria de Imprensa e Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Espírito Santo - TJES.

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