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Crime do vergalhão: acusação diz que o filho da vítima era o alvo

Crime do vergalhão: acusação diz que o filho da vítima era o alvo

Julgamento de homem acusado de matar empresária com um vergalhão começou na manhã desta quarta-feira (15), em Vila Velha

Publicado em 15 de maio de 2019 às 16:50

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Felipe Rodrigues Gonçalves, 32 anos, o Alemão, preso por matar com um vergalhão a empresária Simone Venturini Tonani. (Carlos Alberto Silva)

Teve início na manhã desta quarta-feira (15), no Fórum de Vila Velha, o julgamento de Felipe Rodrigues Gonçalves, de 32 anos, acusado de matar a empresária Simone Venturini Tonani, de 42 anos, após ela ser acertada com um vergalhão enquanto dirigia. O caso aconteceu no dia 4 de maio de 2018, quando a empresária passava de carro pela Avenida Champagnat, em Vila Velha, logo após buscar o filho na escola. Enquanto a acusação defende que Felipe teve a intenção de cometer o crime, a defesa alega que ele não teve o intuito de acertar a barra de ferro na cabeça da vítima.

O primeiro a ser ouvido no júri foi um investigador da Polícia Civil que atuou no inquérito da morte da empresária. Logo em seguida o acusado respondeu diversas perguntas feitas pelo juiz da 6ª Vara Criminal de Vila Velha, Enéas José Ferreira Miranda.

Crime do vergalhão - acusação diz que o filho da vítima era o alvo

Durante quase 40 minutos, Felipe Rodrigues Gonçalves falou por diversas vezes que não teve a intenção de atingir a vítima com a barra de ferro. Ele alega que arremessou o vergalhão na tentativa de assustar dois ciclistas que teriam o provocado na rua e que o carro da vítima passou no momento em que a barra era arremessada.

FILHO DA VÍTIMA ERA O ALVO, DIZ PROMOTOR

Em seguida, o promotor de acusação do Ministério Público do Espírito Santo, João Grimaldi, rebatou a alegação de Felipe e defendeu que o acusado tinha consciência do ato que estava cometendo e que atirou o vergalhão contra o carro de forma proposital. Na interpretação da acusação, o crime deve ser qualificado como homicídio doloso – quando há a intenção de matar.

O promotor afirma que a intenção do acusado era acertar o filho da vítima, de 8 anos, uma vez que, no depoimento dado após ser preso, Felipe teria afirmado que jogou o pedaço de ferro em uma criança que teria implicado com ele. Sendo assim, o promotor defende que Felipe viu o filho da empresária no carro, entendeu que era ele quem estava fazendo as provocações e tentou acertá-lo. Durante o seu pronunciamento o promotor exibiu o vergalhão utilizado por Felipe e fotos do crime para os sete jurados que estavam no tribunal. O júri para definir a sentença de Felipe é composto de sete pessoas: quatro homens e três mulheres.

CONTINUAÇÃO DO JULGAMENTO

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Após a argumentação do promotor responsável pela acusação, o juiz determinou um intervalo no julgamento. A audiência teve prosseguimento no começo da tarde desta quarta-feira (15), com o pronunciamento da defensora pública Maria Amaral Lima Suti, responsável pela defensa de Felipe. A expectativa é para que a sentença seja conhecida até o final do dia. 

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