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Crianças falam do susto durante acidente com van escolar na Serra

Crianças falam do susto durante acidente com van escolar na Serra

Segundo a menina Maria Vitória, de 10 anos, as crianças saíram do veículo por uma janela

Publicado em 26 de julho de 2019 às 01:00

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Maria Victória de Oliveira, 9 anos, levou um corte no joelho. (Carlos Alberto Silva)

A microempresária Poliana Godoi de Souza, 31 anos, logo desconfiou que algo de errado estava acontecendo por conta da demora da filha, Maria Vitória de Oliveira, de nove anos, em chegar em casa. Desconfiada, ela pediu ao marido para ligar para a motorista da van e assim ficou sabendo do acidente ocorrido no final da tarde desta quinta-feira (25), em Jardim Tropical, na Serra.

"Eu vi que já tinha dado umas 18h30 e ela não chegava. Nunca atrasou assim. Meu marido saiu para ligar e eu fiquei na cozinha. Quando ele voltou, perguntei o que havia acontecido e ele disse que a van da Maria Vitória tinha capotado. Eu entrei em desespero. Quando cheguei, ela estava na quadra do bairro, dentro da ambulância. Foi um susto", relata Poliana.

Maria Vitória conta que não usava o cinto de segurança. A menina utiliza o mesmo transporte escolar há um ano. "A gente passa naquele morro todo dia, na ida e na volta da escola. Quando a tia chegou lá em cima, não conseguiu mais subir e foi saindo um monte de fumaça da van. Depois a gente capotou e começamos a gritar. Tinha um monte de criança em cima de mim", descreveu.

Segundo a menina, as crianças saíram do veículo por uma janela. "A tia que fica com a gente atrás teve que quebrar o vidro para gente sair. Ninguém conseguia achar a porta".

SEGUNDO DIA

Era o segundo dia que Maria Eduarda Gomes da Silva, de 10 anos, pegava a van. Ela começou a utilizar o transporte escolar na tarde de quarta-feira (24), depois que o pai voltou a trabalhar e não pode mais levá-la à escola. 

Acidente com van escolar deixou crianças feridas na noite desta quinta-feira (25), na Serra. (Carlos Alberto Silva)

"Todos os dias quem buscava ela era eu. Mas, como não posso mais, contratamos o serviço de transporte. Estava no trabalho quando minha esposa me ligou dando a notícia do acidente. Vim correndo assustado. Quando cheguei e vi a van com os pneus para cima, me bateu um desespero muito grande, achei que havia acontecido o pior. Mas, felizmente, minha filha teve só um arranhão na mão", desabafou o auxiliar de mecânica, Aurino da Costa Silva, 30 anos, pai de Maria Eduarda.

A menina também relata que seguia sem o cinto de segurança na van. "Foi horrível. Quando a van capotou, as crianças foram caindo por cima de mim e comecei a chorar", conta. 

FORA DE CONTROLE

A van escolar onde Maria Eduarda e mais oito crianças estavam capotou na Rua Santa Luzia, quando o veículo perdeu o freio, desceu a ladeira e bateu em um barranco. Quem dirigia o veículo era a motorista Rosicléia Ludovico Rosa, 42 anos. Ela contou que o acidente ocorreu quando ela subia a rua e precisou frear bruscamente ao ser cortada por um motociclista, que entrou na frente do carro. 

"Logo que a van começou a descer, puxei o freio de mão que não funcionou. Então, para não cair na ribanceira, joguei a van pro lado esquerdo da pista, onde tem um barranco de terra. Batemos nele e o veículo capotou", explicou a motorista.

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Rosicléia fez o teste do bafômetro, que deu negativo. De acordo com o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, o veículo estava regular. 

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