Publicado em 11 de maio de 2018 às 19:20
A escravidão no Brasil durou (oficialmente) do século XVI até 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, há exatos 130 anos. Mas até se verem "livres", os negros vivenciaram experiências lamentáveis em solo brasileiro.>
Registros de jornais capixabas da época mostram como os escravos, que eram verdadeiras mercadorias de seus senhores, eram tratados. Anúncios abordavam a venda, a troca, além de denunciarem a fuga na tentativa de encontrá-los novamente.>
O historiador Adelio Sonegheti reforça que a prática de publicar anúncios para encontrar ou mesmo vender escravos era muito comum naquela época.>
"O escravo era visto como uma mercadoria e hoje, quando perdemos algum objeto, vamos na delegacia, colocamos anúncios nas redes sociais, cartazes, enfim, isso também funcionava naquela época com os escravos. Eram peças valiosas para seus donos. E os anúncios eram a forma mais simples de deixar que todos tomassem conhecimento daquele fato, seja ele uma fuga ou uma venda", comenta Adelio.>
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Um termo visto em vários anúncios da época é escravo de nação". O professor de História explica que tipo de escravo recebia este tratamento.>
"Os escravos de nação eram escravos deportados da região da Bengala, no continente africano. Estes escravos, por serem novos, eram peças de valor de mercado bem altas", detalha Adelio Sonegheti.>
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