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Ciclista morre após bater em carreta ao lado da Upa de Carapina

Ciclista morre após bater em carreta ao lado da Upa de Carapina

A bicicleta ficou bastante retorcida embaixo da roda. O ciclista chegou a ser socorrido no local, mas morreu dentro da ambulância do Samu

Publicado em 26 de julho de 2019 às 17:54

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Ciclista morre atropelado por carreta na Serra. (Internauta / Gazeta Online)

Um ciclista morreu após bater na lateral de uma carreta ao lado da Upa de Carapina, na Serra, na manhã desta sexta-feira (26). O acidente aconteceu um pouco antes de 11h e a rua ficou fechada por aproximadamente 1h30.

A vítima, Mauro das Virgens Alcantra, de 33 anos, seguia pela Norte Sul, vindo da região de Laranjeiras, quando entrou na rua projetada, ao lado da Upa, e colidiu com o caminhão, um Mercedes 2544. Já o caminhão seguia no sentido Vale — BR 101, quando ocorreu o acidente. De acordo com moradores do local, o sinal estava aberto para o caminhão.

Ciclista morre após bater em carreta ao lado da Upa de Carapina

A bicicleta ficou bastante retorcida embaixo da roda. O ciclista chegou a ser socorrido no local, mas morreu dentro da ambulância do Samu. Segundo informações de testemunhas, ele ficou muito machucado da cintura para baixo e perdeu muito sangue com o acidente.

Mauro das Virgens Alcantra, de 33 anos. (Reprodução | Documento)

Ao lado do local do acidente, há ciclovias, mas a vítima estava na rua quando aconteceu a colisão, segundo informações preliminares da Polícia Militar.

De acordo com a irmã da vítima, Marialucia das Virgens Alcantra, 35 anos, o irmão era aposentado por invalidez e às vezes fazia alguns trabalhos com serviços gerais. Ela conta que não sabe se ele estava indo para o trabalho ou para casa no momento do acidente.Mauro costumava trabalhar em um lava-a-jato na Serra, e morava em Jardim Tropical, no mesmo município.

"Ele não parava, andava de bicicleta o tempo todo. Como morava em Jardim Tropical sempre andava muito por ali. Tem um posto perto do local, onde ele fazia a limpeza às vezes", explica.

Ele costumava viajar com frequência, seja a pé, de bicicleta e às vezes de carona já que tinha paixão por estrada e nunca estava no mesmo lugar. Ela contou que ficou surpresa coma  notícia do atropelamento.

"No momento do acidente eu estava trabalhando. Depois, uma vizinha foi até minha casa com fotos que ela recebeu pelo WhatsApp", disse.

Inicialmente a irmã achou que ele estava vivo e foi até o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, mas a vítima não estava no local. Foi quando ela ligou para o DML e foi informada de que o corpo do ciclista estava lá.

"Soube que algo grave tinha acontecido quando fui até o hospital e não encontrei meu irmão. Então, liguei para o DML e avisaram que o corpo já estava lá. Ainda não sei direito o que houve, mas vou atrás para que fique tudo esclarecido" ressalta.

Ela contou que Mauro não tinha filhos e que não era casado e que, além dele, ela tem outros irmãos. Ainda não há informações sobre velório e enterro.

O caminhoneiro, Paulo Cezar Puziol, de 47 anos, que atua na profissão há 23, se emocionou no local ao falar da morte do ciclista, que chegou a ser arrastado pela roda do caminhão. Essa foi a primeira vez que ele envolveu em um acidente com morte.

"Só escutei o estrondo. Ele bateu na caixa de cozinha do caminhão e caiu para debaixo dos pneus. Quando eu vi ele estava agarrado nos pneus. A gente não gosta dessa situação. É um ser humano, uma vida", lembra o caminhoneiro.

O trecho, segundo moradores, é muito perigoso. Uma moradora, que não quis se identificar, disse que é muito comum acidentes no local. "É muito perigoso. As pessoas não prestam atenção no sinal. Eles vem com tudo e passam direto", comentou.

O caminhoneiro foi levado para a 3ª Delegacia Regional, em Laranjeiras, na Serra, apenas para prestar esclarecimentos. Ele fez o teste do bafômetro, que deu negativo para o consumo de álcool.

"É um ser humano, uma vida", desabafa caminhoneiro ao lembrar de acidente

Caminhoneiro há 23 anos, Paulo César Puziol ficou com os olhos cheios d'água quando conversou com a reportagem da CBN Vitória. Ele garante que o sinal estava aberto para o caminhão. "Muita gente acha que a culpa é sempre do caminhoneiro, mas não foi".

Como aconteceu o acidente?

O sinal estava fechado. Parei na saída da Vale, tinha um carro saindo da Vale saindo também e parou onde tinha uma viatura. Parei, o sinal abriu, olhei para um lado e para outro e segui devagarzinho. Quando saí, olhei para trás e não vi ninguém. Se eu tivesse pelo menos visto ele vindo, tinha parado para ele passar.

Luiz César Puziol, caminhoneiro envolvido no acidente com o ciclista. (Caíque Verli)

Você estava com a velocidade normal?

Sim. Você sabe como é carreta, depois que para, quando volta volta devagar.

Como percebeu que tinha ocorrido a colisão?

Logo em seguida, escutei o estrondo. Ele bateu na caixa de cozinha do caminhão e caiu para debaixo dos pneus. Quando eu vi ele estava agarrado nos pneus.

Chegou a tentar socorrê-lo?

Quando eu escutei o barulho, parei e tentei socorrê-lo. Ele estava preso entre o asfalto, a bicicleta e o pneu. Tivemos que esperar o Samu chegar para tirar ele debaixo.

Já tinha passado por uma situação dessas? A gente nota que o senhor ficou bastante emocionado.

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A gente não gosta dessa situação. É um ser humano, uma vida. Muita gente acha que a culpa é sempre do caminhoneiro. Nunca tinha passado por isso. O caminhoneiro também anda certo, mas as pessoas precisam ter mais prudência com a bicicleta. A rodovia é para todo mundo, mas não pode sair igual doido com a bicicleta como se não tivesse freio.

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