Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 18:04
Um mês depois de ter sido internado com fortes dores abdominais e náuseas, após ingerir a cerveja Belorizontina, da Backer, o engenheiro capixaba Luiz Felippe Teles Ribeiro, 37, continua hospitalizado em estado grave. Felippe é uma das 26 vítimas que são investigadas pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol, substância encontrada na água da cervejaria Backer.>
De acordo com amigos, o quadro do capixaba é o mesmo de um mês atrás, quando Felippe foi internado em um hospital particular de Belo Horizonte, na capital mineira. Ele foi diagnosticado com síndrome nefroneural, doença que apresenta alterações neurológicas e insuficiência renal.>
Edilson Júnior
Amigo de Luiz FelippeLuiz Felippe foi o primeiro caso de síndrome nefroneural a ser notificado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais, no dia 30 de dezembro. Um dia depois, o sogro dele, que também estava internado, passou a ser contabilizado como vítima da mesma doença. Os dois ingeriram a cerveja Belorizontina nas vésperas do Natal e começaram a passar mal dias depois.>
O sogro de Luiz Felippe morreu no dia 7 de janeiro, em Juiz de Fora. No sangue dele havia dietilenoglicol, substância tóxica encontrada pela polícia na água usada pela Backer na fabricação de cerveja. >
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Além de Luiz Felippe e o sogro, outros 24 casos estavam sendo investigados pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol até a tarde desta segunda-feira (27). Das 26 vítimas que podem ter sido contaminadas pela ingestão da cerveja, quatro delas morreram. Todos os casos se concentram em Minas Gerais. >
A presença de dietilenoglicol, que inicialmente estaria apenas na cerveja Belorizontina, já foi encontrada em 32 lotes de 10 rótulos da Backer. A Anvisa ordenou o recolhimento de todos os produtos da cervejaria de estabelecimentos comerciais. A Polícia e o Ministério da Agricultura seguem fazendo perícias em novos lotes. A Backer está proibida, temporariamente, de comercializar qualquer bebida. >
Confira os lotes onde já foi constatado a presença de dietilenoglicol:>
Por meio de nota, a Backer disse que não utiliza dietilenoglicol na produção de nenhuma das cervejas e que está colaborando com as investigações da polícia. Além disso, a empresa informou que estruturou uma equipe multidisciplinar para prestar atendimento aos atingidos pela intoxicação por dietilenoglicol e desde então tem atuado para acolher todas elas. >
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