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Caso Milena Gottardi: Hilário e mais cinco vão a júri popular

Caso Milena Gottardi: Hilário e mais cinco vão a júri popular

A decisão é do juiz da Primeira Vara Criminal de Vitória publicada nesta segunda-feira (13)

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 17:30

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Milena Gottardi foi baleada na cabeça, quando saía de um plantão médico no Hospital das Clínicas, em Vitória. (Facebook)

O policial civil Hilário Frasson e mais cinco  pessoas denunciadas pelo assassinato da médica Milena Gottardi vão à júri popular. A decisão é do juiz da Primeira Vara Criminal de Vitória, Marcos Pereira Sanches, publicada no início da tarde desta segunda-feira (13). O crime aconteceu em setembro do ano passado, no estacionamento do Hospital das Clínicas (Hucam) e um dos réus era o ex-marido da vítima.

Cinco dos denunciados vão responder pelo crime de feminicídio: os mandantes Hilário Frasson, ex-marido da vítima; e o pai dele, Espiridião Frasson; além dos que intermediaram o crime, Hermenegildo Palauro Filho (Judinho) e Valcir Dias da Silva; além do executor, Dionathas Alves Vieira. Segundo o juiz, os réus "praticaram o crime por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, bem como pelo motivo da vítima ser do sexo feminino, no contexto da violência doméstica e familiar contra a mulher, ao passo que o acusado Bruno praticou tal crime mediante recurso que dificultou a defesa da vítima", declara em sua decisão.

Ainda de acordo com a decisão, eles foram incluídos nos seguintes artigos: art. 121, §2º, I, IV e VI, §2º-A, I, que trata do feminicídio. E ainda no artigo 347, parágrafo único, c.c. art. 29, “caput”, modificar a cena do crime, na época, para que parecesse um latrocínio - roubo seguido de morte. Todos do Código Penal.

O sexto denunciado, Bruno Broeto, segundo a decisão, vai responder por homicídio, feito à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido, previsto no Código Penal, artigo 121, § 2º, IV, c.c. art. 29, “caput”.

Mais informações em instantes

QUEM É QUEM

 MANDANTES 

Hilário Antonio Fiorotti Frasson, 44 anos 

Policial civil, ex-marido da vítima e apontado pela polícia como um dos mandantes do crime. Hilário era conhecido na região de Fundão pelo apelido de "advogado". Junto ao pai, segundo a polícia, ele planejou o crime e decidiu quem chamar para executá-lo. 

Esperidião Carlos Frasson, 71 anos

Pai do policial civil e proprietário de um sítio em Fundão, ele também é apontado pela polícia como mandante do crime. O idoso ajudou o filho a esquematizar a execução da médica. 

 INTERMEDIÁRIOS 

Valcir da Silva Dias

Lavrador, morador de Fundão e apontado pela polícia como intermediário do crime. Ele e Hermenegildo contrataram Dionathas Alves Vieira. Valcir conhecia Hilário e o pai havia mais de 30 anos e foi ao casamento de Hilário e Milena. A ele não foi oferecido dinheiro para participar no crime. O pagamento seria uma "camaradagem", segundo a polícia, algo comum no cenário da pistolagem. Valcir é proprietário de um Gol cinza e estava com Hermenegildo no local e na hora do crime acompanhando o desenrolar dos fatos.

Hermenegildo Palaoro Filho 

Peão de boiadeiro, amigo da família Frasson e apontado como intermediário do crime. Junto com Valcir da Silva, contratou o Dionathas Alves Vieira. Assim como Valcir, conhecia os mandantes havia mais de 30 anos e também foi ao casamento de Milena e Hilário. O pagamento seria uma "camaradagem", segundo a polícia, algo comum no cenário da pistolagem. Junto com Valcir, estava no local do crime acompanhando o desenrolar dos fatos. 

 EXECUTOR 

Dionathas Alves Vieira, 23 anos

Pedreiro e carpinteiro em Fundão, ele foi contratado por Valcir e Hermenegildo para executar o crime, segundo a polícia. Ele recebeu a orientação para que tudo parecesse um latrocínio (roubo seguido de morte). Para executar o crime, ele precisava de uma moto roubada, e encomendou o crime ao seu cunhado, Bruno. Os dois partilhariam os R$ 2 mil oferecidos pelos intermediários e que seriam pagos pelos mandantes. A dívida seria quitada após a morte da médica, "quando a poeira baixasse". Como foram descobertos, a dívida não foi quitada.

No dia do crime, ele foi para o Hucam com a moto. Lá encontrou Valcir e Hermenegildo. Entrou no carro deles e recebeu, de Valcir, a arma e a indicação de quem era a Milena. Após o crime, entregou a arma para Valcir e desapareceu. Quando foi contratado como pistoleiro, 25 dias antes do crime, Dionathas estava desempregado. Na semana do crime, ele conseguiu um emprego de pedreiro em uma obra em Maria Ortiz, Vitória. Dionathas foi preso no sábado (16), enquanto tentava fugir. 

 APOIO 

Bruno Rodrigues Broetto (roubou moto)

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Cunhado de Dionathas, Bruno ficou encarregado de roubar a moto utilizada no crime, uma CB 300 vermelha. Segundo a polícia, ele tinha conhecimento de que a moto seria utilizada na realização de um crime.

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