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Buracos e remendos na BR 262: pavimento mudou... para pior!

Buracos e remendos na BR 262: pavimento mudou... para pior!

Situação que era "regular" passou a ser classificada como "péssima"

Publicado em 12 de outubro de 2018 às 00:58

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Buraco na BR 262: levantamento apontou problemas em asfalto. (Carlos Alberto Silva)

Motoristas que vão encarar a estrada nesse feriado precisam ter atenção. Um levantamento feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) apontou que as condições da BR 262 no Estado, por exemplo, mudaram, mas para pior. Ano passado, a situação da rodovia era regular. Este ano, o novo estudo classificou a estrada como péssima. Ainda segundo o relatório, 40% das pistas das rodovias federais que cortam o Espírito Santo são consideradas ruins e péssimas. Esse número teve um aumento expressivo, já que no ano passado apontava essa situação para 13%.

Estudo do DNIT mostra que pavimento da BR 262 piorou nos últimos anos

O indicador usado para classificar as condições das estradas, Índice de Condição de Manutenção (ICM), foi desenvolvido pela própria equipe técnica do Dnit para avaliar todas as rodovias federais. São levadas em conta características como os buracos, trincas no asfalto, remendos, falta de locais para ultrapassagem e mato no acostamento. O índice encontrado pode variar entre, bom, regular, ruim e péssimo.

O Dnit-ES informou, por meio de nota, que teve problemas com a empresa contratada para fazer a manutenção da BR 262. “A empresa está sendo multada pelo órgão por não ter prestado o serviço de maneira adequada. Isso atrasou o serviço de manutenção da BR 262 no ano de 2017. Neste ano, a manutenção da rodovia já segue de maneira regular.”

Ainda segundo o Dnit-ES, o desgaste natural do pavimento e o tráfego de veículos com excesso de carga também influenciam o resultado do estudo. “Para minimizar este problema, o Dnit-ES mapeou e traçou as rotas de fuga desses veículos com excesso de carga e intensificou a fiscalização de pesagem.”

O órgão disse também que esses números mudam mensalmente e o levantamento foi feito no mês de junho. “De lá para cá, já houve melhora.”

VIDA ÚTIL

De acordo com o doutor em geotecnia e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Patrício José Moreira Pires, essa depreciação da estrada de forma rápida de um ano para outro acontece quando a rodovia chega no limite da sua vida útil. “É uma combinação de fatores envolvidos. Não só a qualidade do asfalto, mas o número de veículos que trafegam no local também. A BR 262 é uma rodovia que carece de intervenção há muito tempo.”

Ainda segundo o especialista, não é possível associar diretamente as condições da rodovia com o risco de acidentes. “É comprovado por órgãos de fiscalização que a maior parte dos acidentes acontecem por causa da imprudência, mas a condição da rodovia pode ser um reflexo sim. Essa relação só não é tão direta”, explicou.

Sobre a duplicação da BR 262, o Dnit disse que está realizando a primeira etapa da obra, no trecho entre o km 49, em Marechal Floriano, até o km 56, em Paraju, totalizando sete quilômetros a serem duplicados. A previsão de entrega desse trecho é para ao primeiro semestre de 2019.

O levantamento ainda apontou que 41% das rodovias têm boas condições no Estado. Segundo o Dnit, essa melhora é devido aos serviços de roçada, limpeza, sinalização e recapeamentos asfálticos em vários trechos que foram intensificados pelo nos últimos meses.

MELHORIAS

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O Dnit-ES espera restaurar um trecho da BR 262 (do km 72 ao km 96) com a técnica de whitetopping que tem uma vida útil maior. Ela consiste em uma camada de pavimento de concreto, de cor cinza clara, sobre uma camada asfáltica de cor escura. O projeto foi apresentado em audiência pública em setembro e a expectativa é que a licitação seja aberta até novembro.

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