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BR 101: inquérito é aberto e PC diz que motorista tem curso vencido

BR 101: inquérito é aberto e PC diz que motorista tem curso vencido

Em nota, a corporação informou que as investigações já apontaram que o condutor "está com o curso necessário para condução de veículo com carregamento de pedras vencido"

Publicado em 12 de junho de 2019 às 00:16

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Família morre após carro ser atingido por carreta na Serra. FOTO: FERNANDO ESTEVÃO/TV GAZETA. (Fernando Estevão/TV Gazeta)

O motorista da carreta envolvido no acidente que vitimou três pessoas da mesma família e deixou uma gravemente ferida, na noite da última segunda-feira (10) na BR 101, na Serra, não poderia dirigir aquele tipo de veículo, segundo informações da Polícia Civil. O inquérito para apurar o caso já foi instaurado pela Delegacia de Delitos de Trânsito. Em nota, a corporação informou que as investigações já apontaram que o condutor “está com o curso necessário para condução de veículo com carregamento de pedras vencido”. O nome dele e da empresa responsável pela carreta não foram divulgados.

Além do curso vencido, a Polícia Civil também afirmou que, segundo as investigações, o “veículo não tinha certificado de transporte desse tipo de carga”. O órgão informou que fez diligências em Vitória e Cachoeiro de Itapemirim para tentar localizar o motorista, mas ele não foi encontrado. Até a noite desta terça-feira (11), nem ele ou um advogado se apresentaram ou fizeram contato oficial com a polícia.

BR 101- inquérito é aberto e PC diz que motorista tem curso vencido

No entanto, uma advogada procurou a Polícia Rodoviária Federal afirmando que está programando a apresentação do condutor na delegacia, como explicou o inspetor da PRF, Valdo Lemos.

"A informação que a gente tem é que a advogada do mesmo já entrou em contato com a PRF e deverá fazer com a delegacia de delitos de trânsito para que o condutor seja apresentado".

Perícia e laudo

A perícia foi realizada pela Polícia Civil e somente após a finalização do laudo, o órgão poderá informar a velocidade aproximada que o veículo se encontrava na colisão. A pesagem para atestar se a carga estava, ou não, com excesso de peso, ainda será feita.

A substância encontrada dentro da carreta, conhecida como “rebite”, foi encaminhada para a delegacia e será enviada ao Departamento Médico Legal (DML) para realização de exames periciais. Segundo o Inspetor Valdo Lemos, da PRF, a presença dos comprimidos levanta uma grande suspeita, mas somente exames toxicológicos poderão comprovar, ou não, o uso.

"A presença dos comprimidos leva a uma suspeita grande, mas a comprovação só pode ser concretizada mediante um exame toxicológico que, infelizmente, por ele evadir-se do local, até o momento não foi feito. O efeito, se ele fez o uso, poderá se perder com o tempo".

Família morta em acidente voltava de férias no Nordeste. O filho de 11 anos sobreviveu. (Reprodução/Redes Sociais)

O acidente

Três pessoas da mesma família morreram e uma está internada em estado grave após o carro em que estavam colidir com um caminhão que tombou na BR 101, na localidade de Chapada Grande, na Serra, na noite da última segunda-feira (10). A carreta, que transportava uma pedra de granito, saiu de Venda Nova do Imigrante e seguia para Barra de São Francisco, região norte do Estado. Já a família voltava para Viana, após uma viagem de férias no Nordeste.

Segundo a PRF, a carreta tombou junto com a pedra e invadiu a contramão. O carro da família vinha no sentido contrário e atingiu o caminhão, ficando destruído. O condutor do automóvel Ozineto Rodrigues, de 38 anos, a esposa Danielli Martins, 34, e o filho mais novo Lucca Rodrigues, de um ano e quatro meses morreram no local. O filho mais velho, Gabriel Rodrigues, de 11 anos, está internado em estado grave no Hospital Infantil de Vitória.

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O motorista da carreta, que não teve o nome divulgado, permaneceu no local após o acidente. Ele fez o teste do bafômetro, que deu negativo para ingestão de álcool, mas depois saiu com um amigo que passou pela via e não avisou as equipes policiais. De acordo com a PRF, o motorista seguiu para o hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra, onde foi liberado por ter apenas ferimentos leves, e não procurou a polícia.

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