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Agência de viagens em Vitória deixa clientes no prejuízo e fecha as portas

Agência de viagens em Vitória deixa clientes no prejuízo e fecha as portas

Uma das clientes foi para a França e descobriu que a passagem de volta, que fazia parte do pacote da agência, não havia sido paga. Ela está no país europeu à espera de uma solução para o problema. Outros clientes relatam problemas com a empresa

Publicado em 13 de dezembro de 2019 às 14:23

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A cozinheira Clenilda Martins foi para a França visitar a filha mas ainda não voltou por problemas com a agência de viagens. Passagem custa quase R$ 5 mil. (Arquivo pessoal)

Clientes de uma agência de viagens de Vitória afirmam que tiveram prejuízos após as passagens que compraram não terem sido validadas pelas companhias aéreas. Em um dos casos, a cozinheira Clenilda Martins, moradora de São Mateus que foi visitar a filha na França, ainda não conseguiu voltar para casa. Após ter o bilhete cancelado, uma nova passagem está custando quase R$ 5 mil. A empresa em questão é a mesma que também teve problemas com uma excursão de uma escolinha de futebol em abril deste ano. 

Márcia Zuliani mora na França e é filha da vítima, que foi visitá-la. Ela contou que as passagens, de ida e volta, foram pagas para uma funcionária da agência Vollare Viagens. O pagamento foi realizado em dois depósitos bancários. Segundo Márcia, em um primeiro momento eles estranharam a demora no envio do ticket eletrônico. Mas, as passagens foram enviadas e a mãe dela seguiu viagem.

O transtorno começou na volta para casa. Márcia diz que tentou acessar a passagem da mãe pela internet para incluir uma bagagem e foi quando percebeu o problema. 

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Nesse momento, pedi para o meu irmão, que comprou as passagens, fazer contato com a agência para resolverem o problema, mas eles não respondiam. Os dias foram passando e nada. Quando liguei para a companhia aérea aqui na França, disseram que a passagem havia sido reservada, mas não foi paga

Marcia Zuliani
Filha da vítima
Aspas de citação

Segundo a família, dias antes da viagem de volta, marcada para o dia 8 de dezembro, a funcionária da agência que fez a venda das passagens entrou em contato com o irmão da Márcia falando que houve um problema, mas que a mãe voltaria em um voo na próxima semana. Márcia afirmou que, desde então, nenhum outro contato foi feito e a mãe dela segue na França sem conseguir voltar para casa.

"Minha mãe tinha que ter voltado para o trabalho na última quarta-feira (11). Ela trabalha em um supermercado e até agora não pode voltar. Ela corre o risco de perder o emprego. A gente está tentando comprar uma passagem para ela voltar mas está muito caro. Se a minha mãe perder o emprego vai ser difícil porque ela mora de aluguel", disse. De acordo com Márcia, uma passagem de última hora está custando cerca de 960 euros, quase R$ 5 mil.

OUTRAS VÍTIMAS

Após a Márcia falar do problema em redes sociais, outras pessoas reconheceram a agência e relataram ter tido o mesmo transtorno. Uma delas é um servidor público, morador de Vitória, que preferiu não ser identificado. No mês de fevereiro, ele comprou um pacote de passagens para passar férias com a família. A viagem estava marcada para o mês de julho. Próximo da partida, ele teve uma surpresa desagradável.

“Quando entrei em contato com a companhia aérea, recebi a informação que a agência havia reservado a passagem, mas não fez o pagamento. Por isso o bilhete foi cancelado. Tentei contato com a funcionária e com a agência, mas nunca mais tive retorno”, contou.

Além de ter perdido o dinheiro pago à agência, o servidor público afirmou que comprou as passagens em cima da hora para não perder a viagem. O prejuízo gira em torno de R$ 6 mil reais. Ele informou que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil.

FECHOU

A reportagem de A Gazeta esteve no endereço da agência de viagens, mas a loja fechou. Inclusive, outro comércio já funciona no local. Também tentamos contato com a empresa Vollare Viagens, mas as ligações não foram atendidas.

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A Polícia Civil informa que um Inquérito Policial foi instaurado no 1º Distrito Policial, foi concluído e relatado à Justiça no dia 16 de outubro de 2019, com indiciamento da investigada pelo crime de estelionato.

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