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Aberta a temporada de pinguins no Espírito Santo

Aberta a temporada de pinguins no Espírito Santo

O período esperado para recebê-los na região costeira do Estado é entre o fim de julho e início de agosto

Publicado em 31 de julho de 2019 às 17:57

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Pinguins chegam ao Espírito Santo. (Reprodução/Iema)

O período para a chegada de pinguins ao Espírito Santo já começou. Do fim de julho ao início de agosto, os animais migram das águas geladas para tentar se aquecer em outros locais. Até o momento, há uma ave em tratamento no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), localizado no bairro Jardim América, em Cariacica

O animal que está sendo tratado veio de Anchieta, região Sul do ES, segundo esclareceu o veterinário e diretor do Ipram, Luis Felipe Mayorga. Ele encalhou por estar magro, fraco, morrendo de fome e sem camada de gordura.

O QUE FAZER AO ENCONTRAR UM PINGUIM

O especialista ainda apontou que é importante que as pessoas saibam que os pinguins que aqui chegam não devem ser refrigerados, mas, ao contrário, devem ser protegidos da água fria. 

Caso algum pinguim seja encontrado nas praias, é importante mantê-lo seco e aquecido, seja numa caixinha de papelão, com jornal, ou com uma toalha seca, cobrindo-o. Além disso, não é recomendável alimentar o pinguim.

ESPÉCIE QUE CHEGA AO ESTADO

Apesar dos relatos históricos que apontam que os indígenas brasileiros já conheciam estes animais, de acordo com o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), a única espécie a aparecer por aqui é o Pinguim de Magalhães, oriunda da Patagônia argentina.

O principal motivo para a vinda deles é a alimentação, sendo que os que chegam ao Estado são jovens e inexperientes e se aventuram nos trajetos distantes, acabando por se perder e chegar às praias capixabas.

PARA QUAL NÚMERO LIGAR

Qualquer animal marinho encontrado no litoral pode ser notificado por meio do número 0800-0395005, que funciona em horário comercial e é referente ao projeto de monitoramento das praias da Petrobras. Segundo o Iema, este deve ser o primeiro contato a ser buscado. Por esta via, um profissional será enviado para resgatar o animal, vivo ou morto, e direcioná-lo para atendimento veterinário.

“Boa parte dos animais marinhos encontrados vai para o Ipram, sejam tartarugas marinhas, aves marinhas ou pinguins”, ressalta o diretor-presidente. No entanto, caso a pessoa encontre um animal marinho em horário não comercial, como de madrugada, pode ligar para o plantão do Instituto no (27) 99865-6975. “As pessoas devem sempre tentar, prioritariamente, o número da Petrobras para o resgate. O telefone do Ipram é mais um reforço”, observa.

ACORDO

O Ipram assinou um novo acordo de cooperação técnica com o Iema para operacionalizar a estrutura do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras-Iema), que tem como foco o atendimento a animais marinhos. Além dele, há outros projetos no mesmo sentido, como o Cereias, Cetras/Ibama.

De acordo com Luis Felipe, antes dessa estrutura do Iema, algumas pessoas levavam pinguins para casa, ficando sujeitas à contaminação ou a ferimentos por bicadas. A proposta, além de já atender a esta espécie e outros animais marinhos, também pode atender, emergencialmente, outros animais, como o tatu de rodinhas, gaviões e gambás.

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