> >
Maior petroleira privada do país vai começar a operar no ES no 2° semestre

Maior petroleira privada do país vai começar a operar no ES no 2º semestre

Após início da operação da PRIO, a previsão é movimentar R$ 2,5 bilhões em royalties para Espírito Santo e municípios nos próximos cinco anos

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 15:56

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
FPSO Frade, que vai ser conectada ao óleo retirado em Wahoo
FPSO Frade, que vai ser conectada ao óleo retirado no campo de Wahoo. (Divulgação/PRIO)

A PRIO, maior petroleira privada do Brasil, está se preparando para iniciar os trabalhos de perfuração de poços no campo de Wahoo, que fica na parte capixaba do pré-sal da Bacia de Campos. O projeto prevê investimento de R$ 4,5 bilhões nos próximos cinco anos para desenvolver o campo no litoral Sul do Espírito Santo.    

Com previsão de início das perfurações dos poço assim que a licença ambiental para a atividade for emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o calendário da PRIO estima a retirada do primeiro óleo no terceiro trimestre de 2024, ou seja, entre julho e setembro. Esse planejamento foi apresentado por executivos da petroleira na manhã desta quinta-feira (8) na Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), em Vitória.

O campo de Wahoo foi adquirido pela PRIO em 2021 e, após início das operações, tem previsão de produzir 40 mil barris de petróleo por dia. Atualmente, a empresa – que está no mercado há 9 anos e é especializada em campos maduros – produz 100 mil barris por dia nos ativos na Bacia de Campos. 

Maior petroleira privada do país vai começar operar no ES no 2º semestre

Desenvolvido inteiramente pela companhia, o campo de Wahoo receberá uma metodologia pioneira chamada tieback, que é a interligação de operações de campos próximos por dutos submarinos. O óleo retirado em Wahoo será levado por duto até o FPSO Valente/Frade, localizado a uma distância de 30 quilômetros. A unidade autônoma de produção de petróleo opera atualmente 55 mil barris ao dia e vai escoar também a produção de Wahoo.

Aspas de citação

Essa interligação entre os campos utilizando infraestrutura existente é a condição para o sucesso do desenvolvimento de Wahoo. Sem a estrutura do FPSO Frade, o empreendimento seria inviável economicamente

Jean Calvi
Gerente executivo da PRIO
Aspas de citação
Campo de Wahoo, no litoral sul do ES
Campo de Wahoo, no litoral sul do Espírito Santo. (Divulgação/PRIO)

Royalties para o ES

Após o início das operações no campo de Wahoo, a previsão é que o Estado e os municípios recebam pagamento de R$ 2,5 bilhões em royalties nos primeiros cinco anos. 

"O desenvolvimento do campo Wahoo proporciona uma série de ganhos para o setor de óleo e gás, principalmente para o Espírito Santo, por meio do aumento da oferta de emprego, do estímulo ao desenvolvimento de fornecedores e pela arrecadação de royalties", destaca o diretor e vice-presidente do Conselho de Administração da PRIO, Emiliano Gomes. 

Ainda durante a preparação para implementação das atividades no campo, a petroleira já movimentou com o projeto R$ 860 milhões em investimento na cadeia de suprimentos de fornecedores locais. Foram contratadas para o projeto empresas como Prysmina, Deepsea, Shawcor e Technip. Além disso, os terminais portuários do CPVV e Bavit vão atender as demandas e serão apoio das atividade de suporte offshore. 

A empresa ainda não tem a estimativa de quantos empregos serão gerados com a instalação do campo de Wahoo, embora afirme que já foram gerados centenas de empregos diretos nos fornecedores. 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais