Estagiária / greis@redegazeta.com.br
Publicado em 29 de julho de 2024 às 11:28
Que o ar-condicionado é um aliado naqueles dias de calor intenso, ninguém tem dúvidas, já que a climatização adequada deixa os ambientes mais agradáveis. Entretanto, para que o aparelho seja mesmo sinônimo de alívio contra as altas temperaturas — e, melhor ainda, para o bolso —, é preciso tomar alguns cuidados para que ele tenha uma vida útil maior, melhore seu desempenho e, desse modo, economize energia.
Entre essas medidas está a limpeza regular do equipamento, que não apenas melhora a qualidade do ar interno como também impacta na eficiência energética. De acordo com a concessionária de energia Light, o ar-condicionado sem manutenção aumenta em até 20% a conta de luz.
O consumo de energia do aparelho varia conforme a marca, a potência e quantas horas ele permanece ligado. Os modelos mais novos contam com sistemas de economia e já são feitos para que não "puxem" tanta luz, contribuindo com o bolso e, de quebra, com o meio ambiente. A diferença no consumo entre ar-condicionado de nível A e E, pelos critérios de classificação do selo Procel do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), pode ter um impacto de até 30% a mais no boleto de energia.
Existem também, algumas manutenções que devem ser feitas no ar-condicionado, e a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define uma periodicidade para a realização desses procedimentos. Os filtros, as tomadas de ar externas e as bandejas de condensado, por exemplo, devem ser limpos uma vez ao mês e, caso sejam descartáveis, a troca deve ser feita trimestralmente. Já a serpentina de aquecimento e a de resfriamento devem ser desincrustadas a cada seis meses e limpas a cada três meses.
Além disso, é recomendada uma vistoria preventiva, feita por um técnico de ar-condicionado, uma vez por ano, no caso de um eletrodoméstico, ou a cada seis meses, se for um aparelho usado em ambientes coletivos. Além da economia, essa rotina pode prevenir doenças respiratórias causadas pelo acúmulo de sujeira e presença de fungos e bactérias no ar.
Pablo Muniz
Professor de Engenharia Elétrica do IfesOutra solução para economizar energia é não programar o aparelho para gerar temperaturas muito baixas. Seja no verão ou no inverno, especialistas em ar-condicionado recomendam uma regulagem na faixa dos 20ºC aos 23ºC, tanto para espaços residenciais como para os escritórios.
O professor Pablo Muniz esclarece que o ar-condicionado não transforma energia elétrica em energia térmica. O gasto de energia do aparelho é feito pegando o calor do ambiente e o jogando para fora.
"O ar-condicionado é como um caminhão que leva uma carga na caçamba dele. O óleo diesel é a energia elétrica, e a carga da caçamba é o calor. A energia elétrica é usada para fazer o transporte do ar", completa Muniz.
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