Publicado em 16 de abril de 2020 às 06:00
Após trabalhadores de uma plataforma de petróleo no litoral capixaba terem sido diagnosticados na semana passada com a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, as petroleiras que operam no mar do Espírito Santo estão tomando mais medidas para evitar a transmissão da doença em suas unidades de produção no mar. >
Entre as ações estão recomendações do Ministério Público do Trabalho (MPT), como redução do número de trabalhadores a bordo e uma quarentena de sete dias antes do embarque. Mas há também outras iniciativas como a realização de testes em trabalhadores para saber se eles estão com Covid-19 antes do embarque, evitando assim que empregados infectados sejam levados para as plataformas.>
Na semana passada, 34 trabalhadores estavam infectados pelo coronavírus na plataforma FPSO Capixaba, que opera na porção capixaba na Bacia de Campos no complexo petrolífero chamado de Parque das Baleias.>
Havia 53 tripulantes no navio, sendo que os demais testaram negativo ou inconclusivo. Os infectados foram trazidos para um hotel em Vitória para ficarem em isolamento, e a plataforma passa por serviço de desinfecção. >
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A SBM Offshore, dona da plataforma que é afretada pela Petrobras e que também opera em parceria com a estatal e com a Shell em mais outras duas plataformas no litoral capixaba (FPSO Cidade de Anchieta e FPSO Espírito Santo), informou que está adotando em toda a sua frota a "quarentena monitorada" da equipe antes do embarque, além da realização de testes. >
"As equipes agora estão sendo testadas antes do embarque. Dessa forma, casos positivos são identificados, seu embarque é impedido e recebem assistência médica em terra", informou a SBM.>
A Petrobras, que opera várias plataformas próprias no Estado e também campos em terra, afirmou que, entre as medidas já implantadas está a redução do efetivo nas unidades operacionais ao mínimo necessário para a operação segura em atividades essenciais.>
A estatal também citou a aquisição de testes para casos suspeitos; isolamento monitorado pré-embarque; monitoramento contínuo de todos os casos suspeitos e confirmados, além da adoção do teletrabalho em todas as atividades administrativas e para as pessoas no grupo de risco em qualquer atividade.>
Segundo a Petrobras, foi implementado o monitoramento de sete dias antes do embarque. Nesse período, "os colaboradores ficam em isolamento, recebem orientação de equipes médicas, são monitorados periodicamente sobre seu estado de saúde e têm acesso a um canal 24 horas para reporte de eventuais sintomas. Todos passam por uma triagem médica antes de embarcar. Aqueles que apresentam qualquer sintoma neste período não embarcam", explicou.>
Já a Shell, que produz no Estado na FPSO Espírito Santo, operada pela SBM Offshore no complexo do Parque das Conchas, informou que a embarcação opera normalmente, "com medidas sanitárias adicionais para garantir a segurança de seus tripulantes". >
Segundo a petroleira anglo-holandesa, entre as medidas estão o distanciamento social e anamnese pré-embarque, com o objetivo de restringir a circulação de pessoas, minimizar o risco de contaminação a bordo e a disseminação da Covid-19>
A Shell Brasil reforçou ainda que "a produção segue em níveis normais em nossos navios-plataformas, e a sonda contratada para fazer perfurações segue o cronograma previsto".>
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