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Comércio fechado: Representantes do setor falam em aumento de demissões

Comércio fechado: Representantes do setor falam em aumento de demissões

Fecomércio prevê aumento de demissões a partir de segunda-feira (13). CDL Vitória vê preocupação maior com micro e pequenas empresas

Publicado em 11 de abril de 2020 às 18:40

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Comércio fechado em Cachoeiro de Itapemirim
Comércio fechado no Espírito Santo durante a pandemia do coronavírus. (TV Gazeta Sul)

Após o anúncio do governador Renato Casagrande de que as restrições impostas ao comércio continuarão na próxima semana, entidades que representam a área  mostram preocupação com a manutenção da medida. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio) o setor já chegou ao limite e as demissões vão aumentar a partir de segunda-feira (13).

Segundo o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri, que participou da videoconferência com o governador e toda a equipe neste sábado (11), foram apresentados os argumentos do setor produtivo, em relação ao grande prejuízo já registrado. Diante da decisão do governo, Sepulcri afirma que os micro e pequeno empresários, que são a maioria no Estado, serão os mais afetados.

“Para nós é altamente decepcionante porque, ao nosso ver, nós já chegamos ao limite, que não tem mais como resistir a essa situação. A tendência é que as demissões serão muito mais aceleradas a partir de segunda-feira, e também há a preocupação sobre a mortandade das micro e pequenas empresas, que com certeza ocorrerá em muito mais quantidade”, disse.

Além disso, o presidente da entidade demonstrou preocupação com a medida para além da Grande Vitória.

“É preocupante porque existe uma revolta da grande maioria, principalmente do interior, da região Noroeste e Norte”, disse.

"A PRESSÃO ESTÁ MUITO GRANDE"

Já o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória (CDL Vitória) Estanislau Ventorim, afirma que havia uma esperança do setor de haver uma flexibilização nos próximos dias. Ele também reforça a dificuldade enfrentada por micro e pequenas empresas, e a perspectiva ruim de futuro para os comerciantes.

“Para nós é muito complicado pois tem uma grande maioria de micro e pequenas empresas precisando trabalhar. Mas, também não podemos ir contra o que o governo e o que a lei determinam. O impacto nas empresas já está acontecendo. Nós não vamos sair lá na frente do mesmo tamanho, vamos diminuir o tamanho. Na verdade não sabemos quem vai conseguir chegar lá na frente. A pressão está muito grande”, disse.

No entanto, Ventorim reconhece a necessidade do sacrifício e acredita que haverá uma flexibilidade nas medidas nas próximas semanas. “Entendemos que neste momento é preciso um sacrifício, e pensamos que na outra segunda-feira (20) a gente possa abrir, porque não está fácil ficar realmente de braços cruzados”, completou.

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