> >
Empresas capixabas vão desenvolver tecnologia para gigante do petróleo

Empresas capixabas vão desenvolver tecnologia para gigante do petróleo

Duas companhias do Espírito Santo vão realizar projetos de inovação na exploração de petróleo e gás em águas profundas

Publicado em 30 de outubro de 2019 às 19:10

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Navio-plataforma Cidade de Caraguatatuba (RJ): Repsol Sinopec atuou na exploração do pré-sal junto à Petrobras e outras empresas. (Steferson Faria/Agência Petrobras)

Duas empresas capixabas venceram o contrato de inovação de uma gigante multinacional com expertise na produção de energia. Elas vão desenvolver dois projetos ligados à exploração de petróleo em águas profundas. Esse é mais um passo para que o Espírito Santo entrar na rota da inovação e do desenvolvimento de novas tecnologias.

As capixabas Mogai e a Factum vão produzir tecnologias que serão utilizadas pela Repsol Sinopec, de origem espanhola e chinesa. No início do ano, a empresa lançou o edital “Desafio da Digitalização” em busca de soluções para encontrar soluções que possibilitem a redução de custos, otimizar tempo, ampliar a segurança e reduzir os impactos ambientais.

O desafio fez parte do Edital de Inovação para a Indústria, uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do Serviço Brasileiro de Apoio à Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Social da Indústria (Sesi). O certame buscava por novas soluções para o setor petroleiro, por meio de técnicas da inteligência artificial, equipamentos robóticos, modelagem computacional ou digitalização.

Ao todo foram selecionados cinco projetos no país. Eles serão desenvolvidos durante um período de 12 meses. Para isso, receberão um financiamento de até R$ 866.666,67 dos quais R$ 266.666,67 foram aportados por meio de bolsas e R$ 600 mil serão disponibilizados em formato de horas técnicas de especialistas e uso de infraestrutura do Senai Cimatec, entre outros.

 PROJETOS

A Mogai executará uma câmera 3D submarina. O equipamento vai utilizar a visão computacional e a inteligência artificial para realizar inspeções dimensionais em cascos ou equipamentos submersos. Já a Factum, realizará o projeto de sistema robotizado de inspeção chamado “Snail” que vai obter dados em ambientes confinados.

Empresas capixabas vão desenvolver tecnologia para gigante do petróleo

Para desenvolver o “Snail”, a Factum precisou aliar sua tecnologia com a de outras empresas: a Unimam (empresa de manutenção) e a Inside (especializada em imagens), e também com o Insituto Federal do Espírito Santo (Ifes, com expertise em robótica). A colaboração começou em uma palestra com a Repsol Sinopec e a Cimapec, realizada pelo Sindicato das Empresas de Informática no Espírito Santo (Sindinfo) e o Senai.

João Carlos Telles, sócio proprietário da Factum, diz que é muito difícil uma mesma empresa trabalhar com robótica, com captação de imagens e desempenho de testes não destrutivos.

“Foi graças a uma palestra com a Repsol Sinopec e a Cimapec, realizada pelo Sindicato das Empresas de Informática no Espírito Santo (Sindinfo) e o Senai, que o Ifes, apresentou a Factum a uma empresa de processamento de imagens. A partir desse fato foi possível utilizar o robô desenvolvido pelo Ifes, unir as empresas e atender a demanda proposta pela Repsol”.

Ainda segundo Telles, o capixaba está acordando para o desenvolvimento coletivo de ideias e isso pode viabilizar grandes conquistas. “É muito significativo esses ambientes de networking e conexão entre as empresas capixabas, são através deles que as tecnologias disponíveis no estado são conhecidas e conectadas. Esse é o principal ganho da inovação, realizar grandes negócios”, finaliza.

Franco Machado, CEO da Mogai, lembra que a cooperação entre as empresas de diferentes setores possibilita a realização de projetos inovadores. "Nós fizemos isso para potencializar nossa atuação em setores como o de rochas ornamentais e metal mecânico, que podem ter ganhos de produtividade imensos com uso de novas tecnologias”, destaca.

Atividades offshore da Repsol Sinopec na exploração na Bacia de Campos . (Divulgação/Rapsol Sinopec)

A EMPRESA

Este vídeo pode te interessar

No ano de 2010, a empresa espanhola Repsol (60% de participação) se uniu a chinesa Sinopec (40%). Hoje, é umas das maiores companhias internacionais do mundo. A companhia tem o Brasil como uma das áreas estratégicas para o grupo a nível mundial e considera o pré-sal brasileiro uma das áreas petrolíferas mais promissoras do mundo.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais