Publicado em 13 de maio de 2020 às 10:34
O consumo de combustíveis no Espírito Santo tem caído drasticamente desde o início do isolamento social causado pelo novo coronavírus e pode ter impacto de quase meio bilhão de reais na receita do governo capixaba. A queda nas vendas da gasolina chegou a 25,5% em abril na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a retração no comércio de etanol foi ainda maior 65,3%, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).>
O consumo do etanol tem apresentado quedas maiores porque financeiramente não tem valido a pena abastecer os veículos com álcool. O preço da gasolina tem apresentado retração nas últimas semanas, chegando a ser vendida abaixo dos R$ 4 o que faz com que seja mais vantajoso abastecer com o derivado do petróleo.>
Com o coronavírus temos a nítida verificação de que as pessoas se movimentam menos. Como resultado temos a redução do consumo de combustíveis, que influencia duas vezes na arrecadação do Estado: uma pelo próprio freio nas vendas e outra pela diminuição do preço, explica o secretário da Fazenda, Rogelio Pegoretti.>
A perda de arrecadação estimada pelo governo estadual ao longo do ano varia de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões somente com combustíveis. Somados todos os outros impostos e royalties, a queda de arrecadação chega a R$ 3,4 bilhões;>
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De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Espírito Santo (Sindipostos-ES), os estabelecimentos de venda de combustíveis estão sentindo o peso da turbulência provocada pelo coronavírus.>
Temos conhecimento de postos com queda de mais de 50% no volume de vendas. Com essas perdas, eles estão precisando reduzir custos, uma vez que a demanda geral pelos produtos caiu e não há ação comercial que fará com que o posto retome os volumes de venda necessários para a sua saúde financeira, informou o Sindipostos.>
De acordo com o sindicato, ainda não há um levantamento no número de contratos de trabalho que foram encerrados, mas diversos revendedores informaram que já precisaram demitir.>
Temos informações de que alguns empresários fizeram adequações na sua operação, com suspensão de contratos e redução do horário de trabalho dos funcionários para se adequarem à nova realidade de custos. A ANP readequou a determinação de horário mínimo de funcionamento dos postos para 7h às 19h, de segunda a sábado. Mesmo assim, alguns postos optaram por manter turnos similares ao que praticavam antes da pandemia, com horário estendido e abrindo aos domingos, completou o Sindipostos.>
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