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Após 5 anos, Porto de Vitória vai iniciar operação do Cais de Atalaia

Após 5 anos, Porto de Vitória vai iniciar operação do Cais de Atalaia

Obra do PAC custou R$ 190 milhões e teve licença ambiental emitida liberando a operação do novo berço de atracação de navios. Ministro da Infraestrutura virá ao ES na segunda (5) para inauguração

Publicado em 2 de outubro de 2020 às 22:21

Cais de Atalaia,onde será retirada uma rocha por risco geológico
Novo Cais de Atalaia, que teve obra concluída em 2019, está liberado para operar Crédito: Ricardo Medeiros

Após cinco anos, será inaugurado nesta segunda-feira (5) o novo Cais de Atalaia, que fica na abrangência do Terminal de Capuaba, em Vila Velha. A licença ambiental que permite o início das operações foi concedida pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema) nesta quinta-feira (1). As atividades no novo berço (207) vão ampliar a capacidade de movimentação de cargas no Porto de Vitória.

Em capacidade de movimentação, o novo cais representa cerca de 10% de todos os berços da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) atualmente. Ele terá poderá operar até 600 mil toneladas/ano, ampliando a capacidade do berço 207 em 75%.

A expectativa é que, com o cais, seja zerado o tempo de espera de navios para Capuaba. O terminal poderá movimentar diversos tipos de carga, entre granéis líquidos e sólidos, como trigo, malte, fertilizantes, ferro gusa, carga geral, entre outros.

O cais será fundamental para implantação do futuro Terminal de Granéis Líquidos (TGL) do Porto de Vitória, empreendimento que vai demandar R$ 128 milhões em investimentos privados. A área já teve leilão realizado pelo governo federal e deve ter as obras iniciadas em breve. Será a partir do cais que serão drenados combustíveis como gasolina e diesel, que seguirão por dutos até a armazenagem nos tanques do TGL, também em Capuaba, Vila Velha.

A obra, prometida desde o início da década, foi iniciada em 2015 e teve investimento de R$ 190 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os trabalhos foram concluídos no ano passado, mas para a liberação das operações a Codesa precisou superar três etapas: o alfandegamento pela Receita Federal, a liberação para atracação pela Capitania dos Portos e, por fim, o licenciamento ambiental.

O cais contínuo substitui os antigos dolfins de Atalaia, que eram estruturas independentes para atracação não conectada a um cais. Ele ganhou 20m de extensão, abrigando o berço 207, que conta com profundidade de 11,4 metros de calado. A estrutura conta com uma área total de 19.963 mil m², sendo de 10 mil m² só de retroárea (para armazenagem e movimentação de carga).

Segundo a Codesa, a obra teve várias etapas, como elaboração e aprovação do projeto, fabricação de pré-moldados, fabricação de camisas metálicas, reforço do muro da retroárea, remoção de pedras soltas e desmonte do maciço rochoso.

Novo Cais de Atalaia, no Porto de Vitória, teve obras iniciadas em 2015 por Codesa/Divulgação

Apesar da inauguração, ainda será feita a retirada de três pontos rochosos no cais que chegam a 40 metros de altura, como mostrou A Gazeta em setembro. Essa obra a parte deve prosseguir até 2021. A Companhia Docas garante que a intervenção nas rochas não vai atrapalhar as operações.

MINISTRO VIRÁ PARA INAUGURAÇÃO 

A cerimônia de inauguração, marcada para segunda, às 10h30, contará com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Além da liberação do cais, também está prevista para o evento a assinatura da renovação do arrendamento do Terminal Portuário de Vila Velha (TVV) junto à Log-in, que tem concessão da área até 2023 e teve o contrato renovado antecipadamente por mais 25 anos.

prorrogação do contrato deve gerar R$ 80 milhões em investimentos privados para ampliação da capacidade do TVV, como mostrou A Gazeta. Hoje, o terminal é o único a movimentar contêineres no Espírito Santo.

Conforme noticiou a colunista de Economia Beatriz Seixas, a agenda do ministro no Espírito Santo também prevê visitas às obras do Contorno do Mestre Álvaro, na Serra, e da rodovia BR 447, que vai ligar a BR 262 em Cariacica à Rodovia Leste Oeste, em Vila Velha, facilitando o escoamento de carga para os terminais portuários de Vila Velha.

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