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Três protetoras são presas após deixarem cadela na Prefeitura de Cariacica

Três protetoras são presas após deixarem cadela na Prefeitura de Cariacica

Polícia diz que animal apresentava sinais de sofrimento; protetoras afirmam que buscavam resgate e deputada Janete de Sá critica prisão

Breno Alexandre

Repórter / [email protected]

Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 12:23

Centro Administrativo de Cariacica
Protetoras deixaram cadela na sede da prefeitura de Cariacica Crédito: Claudio Postay
Atualização
04/12/2025 - 17:46hrs
A Justiça considerou a prisão das protetoras como ilegal e determinou a soltura delas. Confira a atualização deste caso clicando aqui

Três protetoras de animais foram presas após deixarem uma cadela na Secretaria de Desenvolvimento da Cidade e Meio Ambiente, que funciona na sede da Prefeitura de Cariacica, em Vera Cruz. O caso aconteceu na última terça-feira (2). Segundo a Polícia Civil, o animal apresentava sinais compatíveis com sofrimento, fragilidade e possível gestação. Adriana Corona, Aida Aparecida Bertassoni e Laudicéia Rizzo foram autuadas por crime de maus-tratos. A deputada Janete de Sá, presidente da Comissão de Proteção e Bem-Estar dos Animais, prestou solidariedade às mulheres e afirmou que elas tinham a intenção de garantir o resgate da cadela.

A Prefeitura de Cariacica afirmou que a confusão começou após as três mulheres solicitarem o resgate do animal, que não foi realizado devido à alta demanda. As protetoras acionaram o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que estabeleceu o prazo de 10 dias para o esclarecimento da situação. Segundo a administração municipal, mesmo com a decisão, Adriana, Aida e Laudicéia foram até a Secretaria de Desenvolvimento da Cidade e Meio Ambiente e exigiram o resgate. Após terem a solicitação negada, elas deixaram a cadela no local.

A secretaria municipal registrou o caso na Polícia Civil. A corporação informou que as três mulheres foram presas em flagrante pelo crime de maus-tratos e conduzidas ao 17º Distrito Policial de Cariacica. “A cadela apresentava sinais compatíveis com sofrimento, fragilidade e possível gestação, o que qualifica a materialidade do crime de maus-tratos, especialmente considerando que foi deixada em local sem estrutura, fora do horário regular e sem qualquer tutela ou garantia mínima de proteção”, disse o delegado Henrique Vidigal, titular da unidade.

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Três protetoras são presas após deixarem cadela na Prefeitura de Cariacica

As três mulheres foram encaminhadas para a Penitenciária Feminina de Cariacica. Elas passaram por audiência de custódia na manhã desta quinta-feira (4), e a reportagem tenta acesso aos procedimentos adotados pela Justiça em relação ao caso.

A cadela deixada na Secretaria de Desenvolvimento da Cidade e Meio Ambiente passou por exames e não está em sofrimento, de acordo com a Prefeitura de Cariacica.

Deputada se revolta com prisão das protetoras

A deputada Janete de Sá, presidente da Comissão de Proteção e Bem-Estar dos Animais, prestou solidariedade às protetoras por meio de suas redes sociais. “É inadmissível que três mulheres, protetoras de animais, sejam presas por tentar salvar a vida de uma cadela em situação de vulnerabilidade e maus-tratos. Exigimos que as autoridades revejam esse caso e libertem imediatamente as protetoras”, afirmou.

O que diz a defesa das mulheres

A defesa de Laudicéia Rizzo afirmou que a protetora deixou a cadela na prefeitura, mas que não houve abandono, “uma vez que a entrega do animal em sofrimento ao órgão público teve o objetivo de garantir socorro”. A reportagem de A Gazeta tenta localizar a defesa de Adriana e Aida e mantém este espaço aberto para manifestação.

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