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Por que temporal atingiu região de Nova Almeida e causou tantos estragos?

Por que temporal atingiu região de Nova Almeida e causou tantos estragos?

Chuva e ventania que começaram no final da tarde de quinta-feira (10) provocaram queda de árvores, postes e destelhamento de casas

Publicado em 11 de abril de 2025 às 12:01

Casas destelhadas, árvores caídas e gente fora de casa

temporal que atingiu Nova Almeida, na Serra, na última quinta-feira (10), chamou a atenção pela intensidade. Havia um alerta de perigo para chuvas, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para várias regiões do Estado, mas não era esperado um impacto tão grande, conforme afirmou o tenente-coronel Maurício, da Defesa Civil do município. Casas ficaram destelhadas, postes e árvores caíram pelas ruas e uma escola precisou suspender as aulas porque o teto da unidade de ensino foi danificado. A reportagem de A Gazeta consultou especialistas para entender o motivo de tamanho volume de precipitação. 

Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) informou que a chuva de granizo e ventos intensos em Nova Almeida estão associados à passagem de um sistema de baixa pressão pela região, que favoreceu a formação de tempestades severas. O granizo ocorre quando fortes correntes ascendentes dentro da nuvem carregam gotículas de água para altitudes muito frias, onde se congelam, formando pedras de gelo.

Uma das moradoras que teve transtornos durante o temporal narra o desespero que ela e família passaram

"Quanto à intensidade dos ventos, ainda não temos dados consolidados de anemômetros (medidores de vento) específicos para Nova Almeida. No entanto, em situações como essa, ventos fortes podem ultrapassar 60 km/h, especialmente em rajadas associadas a tempestades. Esses sistemas também costumam gerar descargas elétricas intensas e precipitações volumosas", completou o Incaper. 

Segundo Maria Clara Sassaki, especialista em meteorologia e porta-voz da Tempo OK, uma combinação de fatores provocou a chuva forte. "Nós tínhamos uma frente fria avançando pelo oceano. Antes dela chegar no Espírito Santo, a temperatura acabou subindo bastante e tínhamos uma condição de cisalhamento vertical dos ventos, quando temos a mudança tanto na intensidade ou direção dos ventos em altitude, e isso faz com que as nuvens carregadas se formem com mais facilidade. Como consequência, temos rajadas de vento muito intensas e chuvas muito volumosas com quedas de granizo", detalhou.

Temporal em Nova Almeida destelhou imóveis, derrubou árvores e postes e deixou rastro de destruição por Fernando Madeira | A Gazeta
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