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Por que o ES apareceu em vermelho no mapa do Jornal Nacional?

Por que o ES apareceu em vermelho no mapa do Jornal Nacional?

Na edição desta quinta (1º) do telejornal, o Espírito Santo surgiu como um dos quatro Estados brasileiros que apresentam alta nos óbitos  provocados por Covid-19

Publicado em 2 de outubro de 2020 às 17:17

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ES aparece na cor vermelha no mapa do Jornal Nacional
ES aparece na cor vermelha no mapa do Jornal Nacional. (Reprodução/TV Globo)

Com taxa de transmissão do coronavírus geral abaixo de um, 75 municípios classificados como risco baixo de contágio para a Covid-19 e autorização para a volta às aulas a partir do dia 5 de outubro, por que o Espírito Santo apareceu na cor vermelha na edição do Jornal Nacional desta quinta-feira (1º)?

Por que o ES apareceu em vermelho no mapa do Jornal Nacional

No telejornal noturno da TV Globo, a cor vermelha representa os Estados que registram alta de óbitos. Os que estão em amarelo têm estabilidade, enquanto os azuis estão em queda. Na última apresentação do JN, o Espírito Santo registrava alta, assim como AmazonasCeará e Roraima.

Os dados são coletados pelo consórcio de veículos de imprensa e servem para traçar o panorama da pandemia de coronavírus no Brasil, a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde que, neste caso, foram consolidados às 20h desta quinta-feira.

De acordo com o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Pablo Lira, a metodologia aplicada pelo Jornal Nacional considera o dia em que o resultado do exame foi informado, e não a data em que o óbito efetivamente ocorreu no Estado, como o Espírito Santo faz e divulga através do Painel Covid-19.

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Desde julho, o gráfico do Painel indica vários momentos em que o Estado mostra tendência de aumento. Essas informações do Painel, que levam em conta a data do óbito, são as mais precisas. Com a data do óbito, a gente mantém a tendência dos índices de redução no Estado

Pablo Lira
Diretor  de Integração e Projetos Especiais
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Além disso, Etereldes Gonçalves, professor do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes),  destaca que o jornal considera a média móvel de óbitos dos últimos 7 dias. Nesta sexta-feira (2), por exemplo, as médias móveis observadas no Estado eram:

  • Média móvel de óbitos confirmados:

  • 7 dias: 8,71 (redução de -10,29)
  • 14 dias: 9,21 (redução de -27,93)

De acordo com Etereldes, que também é membro do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE), por dois dias seguidos, o Espírito Santo lançou mais de 40 mortes no sistema com dados sobre a pandemia. Segundo ele, esse movimento é outro fator que serviu para impulsionar a média móvel de óbitos.

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A média móvel de 7 dias é menor um pouco na descida. Então, como teve essa quantidade de óbitos nesses dias, apresenta um viés de subida. Esses óbitos todos não correram num único dia, mas, para o Jornal Nacional, é como se fossem porque a análise é feita a partir da data de lançamento

Etereldes Gonçalves
Membro do NIEE
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O QUE DIZ A SESA

Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi questionada sobre o tema, mas respondeu, por meio da assessoria, que a questão seria tratada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

Neste sábado (03), porém, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, produziu uma explicação detalhada sobre o assunto e esclareceu vários pontos em sua conta pessoal no Twitter. Veja abaixo:

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